Se quiser entender como a relação de Sir Jim Ratcliffe com os torcedores do Manchester United se deteriorou em apenas um ano após a compra de 27% do clube, basta comparar as recepções que ele teve em Old Trafford. No ano passado, contra o Tottenham, o bilionário foi tratado com cordialidade. No último domingo, após a vitória sobre o Fulham, enfrentou protestos inflamados.
O motivo da revolta não foi apenas o desempenho do time — embora os torcedores tivessem razões para reclamar do 12º lugar na Premier League, da pior campanha em 35 anos e do saldo de gols negativo. A principal queixa era o aumento abusivo no preço dos ingressos, dificultando o acesso dos próprios fãs ao estádio.
Entre as mudanças mais impopulares estão o preço mínimo de £66 libras (R$ 429) para membros do clube e o fim dos descontos para crianças e idosos. Antes da decisão, tomada sem consulta, os valores eram de £40 libras (R$283,89) para adultos e £25 libras (177,42) para crianças — um aumento de 65% e 164%, respectivamente.
Ratcliffe, no banco de trás de um carro em Fulham, pôde simplesmente fechar a janela e ignorar os protestos. Mas deveria prestar atenção às preocupações legítimas dos torcedores sobre o rumo do clube.