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Botafogo e Red Bull BragantinoGOAL

Polêmica de Tiago Nunes, virada de chave e mais: no que ficar de olho nas decisões de Botafogo e Red Bull Bragantino pela pré-Libertadores

Acabou a espera: neste meio de semana, a Libertadores 2024, enfim, começa para o futebol brasileiro. Bom, pelo menos para Botafogo e Red Bull Bragantino, que fazem suas respectivas estreias na 2ª fase preliminar da competição.

Paulistas terão, nesta terça-feira (20), o Rionegro Ávilas, da Colômbia, à frente, enquanto cariocas medem forças, nesta quarta, com o Aurora, da Bolívia. Caso avancem, teremos um duelo entre os brasileiro na 3ª fase - a última no caminho rumo à fase de grupos. Ambas as partidas acontecem às 21h30 (de Brasília).

Sem mais, abaixo a GOAL lista os pontos de atenção e destaque que valem a pena serem lembrados para as duas primeiras decisões de Botafogo e Red Bull Bragantino em 2024...

  • Tiago Nunes Botafogo 2023Vítor Silva / Botafogo

    Altitude

    A boa e velha altitude - verdadeira iguaria do futebol sul-americano. Nunca nos cansamos de falar sobre ela. Mas, convenhamos, todos sabem do seu grau de influência, tamanho é o fator exercido sobre os ‘forasteiros’ não apenas no decorrer da partida, mas até no planejamento pré-jogo, levando adversários ora a optarem por chegar aos arredores do palco do jogo com dias de antecedência, ora, em um outro extremo, por chegar horas antes do apito inicial.

    E é inegável, ela será mais uma vez protagonista neste meio de semana. O Botafogo atuará na cidade de Cochabamba, a cerca de 2.500 metros acima da altura do mar. Altitude respeitável, evidentemente, mas que poderia ser pior - La Paz, por exemplo, ostenta elevação de 3.640 metros. Problema à vista, ainda assim.

    O Braga, no meio tempo, vai a Medellín, cuja altitude de 1.500 metros não simboliza maiores problemas para Pedro Caixinha e companhia. A literatura converge para o entendimento de que esses 1.500 metros são o limite para que o desempenho esportivo não seja diretamente afetado pela nímia alteração de elevação. Ponto para os paulistas.

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  • Pedro Caixinha, RB Bragantino, 2024Diogo Reis/Ag. Paulistão

    A 'virada de chave'

    Um dos grandes problemas com competições continentais, argumentam os técnicos, é que o hiato de semanas entre o fim da fase de grupos e o início do mata-mata não pode deixar o foco da equipe cair. Botafogo e Red Bull Bragantino, porém, estão diante da mesma questão - mas sob ainda mais ‘poréns’.

    Uma coisa é terminar uma fase de grupos qualquer em alta, seguir atuando por outras competições e posteriormente ‘virar a chavinha’ de volta para o torneio; outra coisa é entrar em uma encalacrada fase preliminar durante um período de ‘pré-temporada’ - engana-se quem crê que seja possível estar 100% fisicamente na temporada a pouco mais de um mês do retorno das férias - sob a chance de ter que atuar a 2 ou 3 mil metros acima do mar - de novo, um problema que o Braga não terá.

    É claro, nem tudo estará perdido quando Botafogo e/ou Bragantino forem eliminados - afinal, só um deles avançará à fase de grupos, de qualquer forma -, levando em consideração que a Sul-Americana aguarda de braços abertos. Mas nem é preciso dissertar acerca das perdas financeiras e esportivas de ficar de fora da Libertadores. E nem entramos no âmbito de crises de bastidores e futuro dos técnicos.

    O principal trabalho de Nunes e Caixinha será otimizar a transição de foco, portanto, de seus atletas. Se os adversários, até aqui, eram em maioria equipes do nível de Portuguesa e Bangu nos estaduais, agora são equipes ainda de qualidade técnica abaixo, é verdade, mas sob circunstâncias eliminatórias. Barra pesada.

  • Léo OrtizGetty Images

    Última dança?

    Se há algum papel para protagonizar uma novela em aberto até o deadline da janela de transferências, dia 7 de março, certamente Léo Ortiz estará entre os candidatos. O interesse do Flamengo em contar com seus serviços já passou de bastidores e está tornado hoje público.

    Como a GOAL mostrou, no mês passado, o Braga ofereceu uma proposta de renovação a Ortiz, ainda sem acordo financeiro com o Rubro-Negro por uma venda, como o próprio vice-presidente do clube carioca, Marcos Braz, explicou, em entrevista coletiva nesta segunda-feira.

    A questão, portanto, é se, considerando que a 3ª fase acontece justamente na primeira semana de março, Ortiz terá a possibilidade de atuar em alguma outra oportunidade pelo Red Bull Bragantino futuramente no torneio.

    Vestindo camisa alvinegra ou rubro-negra, fato é que a Libertadores terá a presença do zagueiro - pelo menos nesta fase preliminar.

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  • Tiquinho Soares Botafogo 2023Getty

    “Memória emocional do ano passado”

    O momento do Botafogo, ainda, é péssimo. A derrota diante do Vasco, por 4 a 2, no final de semana não só trouxe um sentimento ruim pelo pesado revés em um clássico, mas também preparou o terreno para o que viria no pós-jogo.

    Durante a entrevista coletiva concedida a repórteres, Tiago Nunes afirmou que o Alvinegro possui “uma memória emocional do ano passado - quando sofre revés como esse, volta tudo à tona”, se referindo, obviamente, ao fracasso na corrida pelo título do Brasileirão 2023. E claro, a não classificação direta à fase de grupos da Libertadores é correspondência direta ao péssimo desempenho na reta final do nacional. A correlação é, portanto, inevitável.

    Mas a polêmica veio no final da resposta, quando contou que “muitos jogadores” estavam “pedindo para ter uma sequência fora da equipe, para parar de carregar essa carga emocional tão forte”. A colocação repercutiu mal, e o fez voltar a se pronunciar, um dia depois, nesta segunda, em comunicado oficial em suas redes sociais direcionado “aos torcedores do Botafogo que acordaram incomodados, machucados e tristes”.

    “Estou vindo aqui publicamente para fazer manifestação ao torcedor, em função de notícias que estão viralizando. É bom não perder tempo. O máximo responsável por tudo que acontece da parte desportiva do Botafogo sou eu. Jamais vou transferir para qualquer jogador, temos uma relação honesta, direita e verdadeira”, afirmou. "Quero deixar claro que nenhum jogador pediu para sair ou ficar de fora. Temos um grupo de homens, caras corajosos, que têm força, trabalhadores".

    É irônico que, dias antes, Pep Guardiola, técnico do Manchester City, tenha ressaltado, também em coletivo pré-jogo, antes da vitória por 3 a 1 sobre o Copenhagen, pelas oitavas da Champions League, a importância dos reveses recentes do clube: "Nossas derrotas e momentos ruins nos fizeram crescer e chegar à posição na qual estamos hoje: duas finais e três semifinais [de Liga dos Campeões] em três anos", opinou o catalão.

    Pois já é hora do Botafogo se ‘calejar’ e também tirar boas lições do revés do ano passado.

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