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Pelé e Jô SoaresDivulgação

Jô Soares e o futebol: de piadas com Telê Santana ao amor ao Fluminense

Aos 84 anos, José Eugênio Soares, o escritor e humorista Jô Soares, como é mais conhecido, faleceu na madrugada desta sexta-feira (05) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internado há uma semana.

A causa da morte não foi divulgada pela família, mas o ocorrido acabou confirmado por sua ex-mulher Flávia Pedras Soares, em suas redes sociais. O local do funeral está restrito a amigos e família.

Jô Soares nasceu no Rio de Janeiro, em 1938. Estudou fora do país e se tornou poliglota, falando até o fim da vida seis línguas, no total. Foi apresentador de diversos programas, ator, diretor, escritor, dramaturgo e um grande humorista da televisão brasileira, realizando encontros e entrevistas com diversas celebridades de dentro e fora do futebol. Veja, abaixo, algumas curiosidades sobre Jô Soares envoltas pelo futebol, do qual o profissional era um grande fã.

  • Jô Soares, no programa "Viva o Gordo"Geraldo Modesto/TV Globo/Divulgação

    "Bota ponta na seleção, Telê!"

    No ano de 1982, a seleção brasileira era considerada uma das melhores da história mundial. No fim, acabou derrotada para a Itália, em edição que poderia ter decretado antecipadamente o tetracampeonato do mundo para a Canarinho.

    E mesmo sendo uma grande seleção, com Falcão, Sócrates e Zico no elenco, por exemplo, havia uma crítica que não passava batida por Zé da Galera, personagem interpretado por Jô Soares no programa "Viva o Gordo": faltava um ponta direita de origem no time comandado por Telê Santana.

    Durante o programa, portanto, Zé da Galera ligava para Telê através de um orelhão e fazia várias piadas, acrescentando, claro, o bordão que virou febre naquela época: "Bota ponta na seleção, Telê!"

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  • Jô Soares e elenco do Santos, 2010Ricardo Saibun/Santos FC

    Do Santos de Neymar a Felipão: as entrevistas do Jô

    As entrevistas com nomes relevantes do futebol em seu talk show também fizeram parte da história de Jô Soares com o esporte. Personalidades como Luiz Felipe Scolari, Galvão Bueno, Mano Menezes e Vampeta passaram pelo programa.

    Em 2010, no auge do Santos mágico de Neymar e Ganso, o elenco do Peixe foi aos estúdios da Globo para ser entrevistado pelo humorista. Neymar, inclusive, voltaria mais vezes, com o apresentador até usando uma peruca imitando o corte moicano do jogador.

    O Rei do futebol, Pelé, também contracenou com Jô, no final da década de 60, quando fazia o programa "Família Trapo". Na peça, o eterno camisa 10 da seleção brasileira surge como substituto de Ronald Golias no time em que Jô Soares era jogador.

  • Jô Soares com boné do FluminenseReprodução

    Tricolor carioca de coração

    Como um bom admirador de futebol, Jô Soares era torcedor assumido do Fluminense. No entanto, acabou declarando à ESPN, em 2018, que havia se afastado um pouco do Tricolor, "devido ao interesse pela qualidade de jogo ter aumentado, e pela paixão clubística ter diminuído".

    No entanto, provou diversas vezes sua torcida, como quando abriu um de seus programas segurando uma camisa do Flu, no dia seguinte ao título estadual sobre o rival Flamengo, em 1995.

    O humorista e escritor também deixou claro que admirava o futebol inglês, pelo fato de ser um grande fã do "jogo bem jogado". O clube carioca também lamentou o falecimento de Jô em suas redes sociais.

  • World Cup 1950Getty Images

    Pessoalmente no Maracanazo

    Com apenas 12 anos de idade, o pequeno Jô Soares esteve presencialmente no dia em que a seleção brasileira foi derrotada para o Uruguai na final da Copa do Mundo de 1950, no Maracanã.

    A partida terminou em 2 a 1 para o rival da Canarinho, causando enorme decepção aos torcedores brasileiros, que esperavam sair com o título jogando a Copa do Mundo em casa. Com isso, o evento ficou conhecido como "Maracanazo", evento que rendeu a Jô o livro "A Copa que Ninguém Viu e a que Não Queremos Lembrar", de 1994, escrito em parceria com Roberto Muylaert e Armando Nogueira.

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