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Man City January transfer window gfxGetty

Fim da linha para Ederson e Kyle Walker, sombra para Rodri e os seis movimentos que o Manchester City precisa tomar na janela de janeiro

Jordan Belfort, em O Lobo de Wall Street, incentivava seus funcionários a resolverem seus problemas ficando ricos. O Manchester City, no entanto, já é rico — agora precisa resolver suas diversas dificuldades investindo na janela de transferências de janeiro.

Historicamente, o City tem sido cauteloso em fazer grandes contratações no mercado de inverno. Aymeric Laporte, em 2018, foi a única aquisição de peso durante os nove anos de Pep Guardiola no comando. Apenas duas semanas atrás, o técnico mostrava-se relutante quanto a novas contratações, afirmando que sua prioridade era recuperar os vários jogadores lesionados. No entanto, com a sequência implacável de desfalques, Guardiola mudou o tom e declarou que o clube será ativo quando o mercado abrir no dia 1º de janeiro.

E quem pode culpá-lo? A temporada do City começou a desandar quando Rodri rompeu os ligamentos do joelho em setembro. Desde então, as lesões não param de surgir, e os resultados seguem fugindo do controle. Atualmente, apenas o Brentford tem mais jogadores indisponíveis do que o City, que enfrentou o Everton no Boxing Day sem oito de seus titulares regulares, resultando em um empate de 1 a 1.

As lesões ajudam a explicar por que Guardiola está enfrentando a pior sequência de resultados em sua carreira como técnico, que já dura 17 anos. No entanto, ele também paga o preço por optar por um elenco enxuto e por um mercado de verão discreto, no qual o clube trouxe apenas dois reforços, mesmo após conquistar a Premier League de forma apertada.

Além dos desfalques, o elenco do City claramente precisa de renovação. O time corre o risco de ficar fora do top-4 da Premier League pela primeira vez desde 2010 e enfrenta a possibilidade de uma eliminação humilhante ainda na fase de grupos da Champions League.

Com isso em mente, a GOAL analisa as principais áreas que o City deve priorizar quando a janela de transferências for aberta.

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  • Kyle Walker Man City 2024-25Getty

    Se livrar de Walker

    Kyle Walker tornou-se o símbolo da temporada desastrosa do Manchester City. Longe de seu auge físico, ele tem cometido erros em quase todos os jogos. Apesar do renascimento notável nas últimas duas temporadas, após ter sido descartado por Guardiola, o declínio de Walker agora parece irreversível.

    Uma saída no verão europeu parece inevitável, mas uma transferência em janeiro seria ideal para todas as partes. O Al Ahli, da Liga Saudita, demonstrou interesse em contar com Walker. Caso a negociação se concretize, ele se reuniria com o ex-companheiro de City, Riyad Mahrez, além de Roberto Firmino e Ivan Toney, seus antigos adversários na Premier League.

    Walker também manifestou interesse em retornar ao Sheffield United, clube onde iniciou sua carreira. No entanto, essa decisão parece mais provável como o passo final de sua trajetória do que como o próximo movimento imediato. Seja como for, o City não pode se dar ao luxo de mantê-lo no elenco diante de seu desempenho atual.

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  • Ederson Man CityGetty

    Ganhe um dinheiro com Ederson

    Ederson parecia estar a caminho de deixar o Manchester City no último verão europeu, antes de Guardiola intervir e convencê-lo a permanecer. No entanto, tanto o goleiro quanto a diretoria do clube podem estar lamentando essa decisão, já que o brasileiro enfrenta mais uma temporada difícil.

    As críticas às habilidades defensivas de Ederson não são novidade, mas agora, sem o brilho ofensivo que costumava mascarar seus erros, suas falhas estão custando caro ao time. Ele foi afastado por Guardiola após uma sequência de três falhas contra o Feyenoord e também não convenceu ao retornar como titular contra a Juventus e no Derby de Manchester.

    Desde então, Ederson está afastado por lesão — sua terceira ausência no último ano — e, aos 31 anos, seus melhores dias parecem ter ficado para trás. Embora os resultados não tenham melhorado drasticamente com o substituto Stefan Ortega, o alemão tem se mostrado um reserva confiável, sem grande impacto negativo no desempenho geral da equipe.

    No verão europeu passado, Ederson despertou interesse da Arábia Saudita, e, caso outra oferta da Liga Saudita surja em janeiro, o City deveria considerá-la seriamente.

  • FBL-EUR-C1-ATALANTA-REAL MADRIDAFP

    Encontre um substituto para Rodri

    O maior problema do Manchester City nesta temporada tem sido o vazio no meio-campo deixado pela lesão que encerrou a temporada de Rodri. Se o clube quiser salvar sua campanha, precisará encontrar um substituto à altura do espanhol vencedor da Bola de Ouro. No entanto, essa tarefa é mais fácil de falar do que de executar, já que poucos jogadores estarão dispostos a se juntar ao City sabendo que podem ser apenas uma solução temporária como volante titular por cinco meses. Ainda assim, há a possibilidade de que o novo reforço jogue ao lado de Rodri na próxima temporada, como fez Mateo Kovacic.

    Fontes do clube já descartaram as contratações de Martin Zubimendi e Bruno Guimarães, mas o City segue vinculado ao meio-campista Ederson, da Atalanta. Outra possibilidade é Joshua Kimmich, que trabalhou com Guardiola no passado e tem contrato com o Bayern de Munique até junho. Leon Goretzka, companheiro de equipe de Kimmich, também é uma opção, apesar de seu vínculo com o clube bávaro se estender até 2026.

    Ezequiel Palacios, do Bayer Leverkusen, é outro nome que se destaca. O jogador foi essencial para a campanha invicta de sua equipe na última temporada e seria uma escolha promissora para reforçar o meio-campo do City.

  • Julian Alvarez Atletico Madrid Sparta Prague Champions League 2024-25Getty

    Substituir Álvarez

    O Manchester City realizou um negócio impressionante no último verão ao vender Julián Álvarez ao Atlético de Madrid por até £82 milhões de libras, obtendo um lucro surpreendente após contratá-lo por apenas £14 milhões de libras dois anos antes. No entanto, o erro do clube foi acreditar que poderia usar essa verba para reforçar outras áreas e contar apenas com Erling Haaland e Phil Foden para os gols, como na temporada passada, enquanto esperava que Jeremy Doku e o recém-chegado Savinho oferecessem poder de fogo extra.

    Enquanto Álvarez já soma 12 gols nesta temporada e lidera a campanha do Atlético rumo ao título espanhol, o City tem se apoiado de forma perigosa e insustentável em Haaland. O norueguês, com 14 gols, é o único destaque no ataque, enquanto o segundo maior artilheiro é Josko Gvardiol, um zagueiro, com apenas quatro gols. Doku e Kevin De Bruyne marcaram dois cada na liga, Foden e Savinho tem apenas um.

    Em janeiro, Claudio Echeverri, outro talento vindo do River Plate e com uma trajetória parecida com a de Álvarez, chegará ao clube. No entanto, não se pode esperar que o jovem de 18 anos assuma um papel regular imediatamente, sendo provável que ele passe a próxima temporada emprestado. Assim, o City precisa urgentemente de um atacante móvel e comprovado que possa dar suporte a Haaland e substituí-lo ocasionalmente para aliviar sua carga.

    Florian Wirtz, do Bayer Leverkusen, é o reforço dos sonhos, mas custaria cerca de £100 milhões de libras e seria difícil tirá-lo do time de Xabi Alonso no meio da temporada. Outra opção a ser considerada é Omar Marmoush, do Eintracht Frankfurt, que já participou diretamente de 20 gols na Bundesliga nesta temporada.

  • Everton FC v Crystal Palace FC - Premier LeagueGetty Images Sport

    Aumentar as opções na defesa

    Pep Guardiola sempre se orgulhou de trabalhar com um elenco enxuto para manter seus jogadores motivados, mas essa estratégia deixa o Manchester City vulnerável em situações de crise de lesões — algo que o time está enfrentando agora. A escassez de opções ficou evidente no último jogo contra o Everton, quando quatro dos nove jogadores no banco de reservas nunca haviam disputado uma partida na Premier League, enquanto apenas dois haviam sido titulares em mais de um jogo na competição nesta temporada.

    Guardiola precisará rever sua política e ampliar o elenco. A defesa é, sem dúvida, o setor mais problemático. John Stones tem enfrentado recorrentes lesões desde a temporada em que o City conquistou a Tríplice Coroa, Ruben Dias sofreu dois contratempos nos últimos dois meses, e Nathan Aké teve que se apressar para voltar de lesão e reforçar a equipe contra o Everton. Apesar de já ter feito um investimento significativo ao contratar Aymeric Laporte em janeiro de 2018, o clube precisa novamente apostar em uma contratação de peso e de longo prazo para sua linha defensiva, evitando ficar à beira do abismo em futuras campanhas.

    Entre os nomes ventilados, Jarrad Branthwaite, do Everton, é um dos favoritos da Premier League. Na Europa, opções mais acessíveis e igualmente promissoras incluem Antonio Silva, do Benfica, e a dupla do Sporting, Gonçalo Inácio e Ousmane Diomande.

  • Manchester City FC v Ipswich Town FC - Premier LeagueGetty Images Sport

    Tomar uma decisão sobre De Bruyne

    Kevin De Bruyne foi o salvador do Manchester City na temporada passada, retornando em janeiro após uma cirurgia no tendão, mas seus problemas físicos voltaram a assombrá-lo. Agora, o belga parece estar se aproximando do fim de sua gloriosa década no clube. Nesta temporada, ele disputou apenas quatro partidas da Premier League desde que se lesionou contra o Arsenal em setembro, com um desempenho discreto de dois gols e duas assistências até agora.

    Com seu contrato se encerrando em junho, De Bruyne admitiu que as negociações para uma renovação foram adiadas enquanto tenta lidar com seus problemas físicos, incluindo uma hérnia esportiva que exige cuidados constantes.

    Embora seja difícil imaginar o City sem seu maestro no meio-campo, a realidade é que tanto o clube quanto o jogador podem se beneficiar de um confronto direto com a situação em breve. De Bruyne merece permanecer até o fim da temporada para uma despedida à altura de seu status como o melhor jogador do City no século 21, mas o clube precisa iniciar imediatamente o planejamento para sua sucessão.

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