Cristiano Ronaldo, aos 39 anos, vê que o fim pode ter chegado antes da Copa do Mundo de 2026 e a Euro prova isso

Cristiano Ronaldo seria útil no banco de reservas de Portugal. Por tudo o que é e pelo que representa, pela experiência e capacidade de liderança, mas também por causa de sua perícia goleadora. Estamos falando de um dos maiores artilheiros da história, que na temporada mais recente pelo seu clube fez 50 gols.

Mas CR7 joga na Arábia Saudita, e não mais nos principais clubes da Europa. Os gols que pareciam infindáveis na Champions League deixaram de acontecer porque Cristiano deixou de jogar a Champions League. E Roberto Martínez, técnico de Portugal, deveria ter levado isso em consideração. Não o fez.

Logo em sua chegada, em 2023, o novo treinador afagou o ego ferido do camisa 7 após a mesma Copa do Mundo que, além de ter simbolizado o seu declínio, sacramentou o auge de seu rival Lionel Messi. CR7 seria, mesmo no crepúsculo de sua carreira, peça importantíssima da seleção portuguesa visando... o futuro.

Portugal fez o dever de casa se classificando para a Eurocopa, mas uma vez dentro do torneio o assunto Cristiano Ronaldo dominou toda a cobertura dos lusos. Atuações ruins – não apenas pela ausência de gols, mas por travar todo um sistema que deveria ser mais dinâmico – fizeram até com que a própria imprensa portuguesa passasse a criticar a presença de seu maior ídolo entre os titulares. Roberto Martínez, contudo, o manteve como titular absoluto até o fim. E pagou por isso.

Não deve ser fácil ter um Cristiano Ronaldo e não usá-lo, é verdade. O problema é o histórico de reações destemperadas quando não está em campo. Estamos falando de alguém que, após ser substituído na Juventus e Manchester United, desceu direto para os vestiários e de lá para fora do estádio. Alguém que, iniciando jogo entre os reservas, não chegou a comemorar gol do próprio time. Cristiano é uma grande liderança, mas apenas quando está na posição de dono do time.

A solução? Ou Cristiano entende o seu novo momento, como um coadjuvante, ou precisa deixar de ser convocado. Dono de diversos recordes marcantes também na Eurocopa, o craque histórico se despede do torneio tendo o seu pior desempenho – disputas de pênaltis à parte. Entender esta nova realidade, permitindo que a equipe siga em frente agora com novos bons valores, também é um favor que o próprio CR7 faria com seu legado no selecionado luso.

Para Portugal, agora só resta pensar na Copa do Mundo de 2026. Cristiano Ronaldo já afirmou que, mesmo com idade avançada (terá 41 anos na ocasião), o Mundial segue como um objetivo pessoal. E daí?

O péssimo desempenho na Euro 2024, as quatro décadas em suas costas e a realidade como jogador em um campeonato abaixo da elite já provaram que o camisa 7 não tem, hoje, condições de ser titular de sua seleção. O fim chega até para aqueles que achamos infindáveis, e este parece ter sido o último capítulo de CR7 nos grandes torneios entre seleções.