É seguro afirmar que o Palmeiras passou a viver uma nova grande era de sua história a partir de 2015, com a entrada da Crefisa, parceira e patrocinadora atual, coincidindo com o título da Copa do Brasil daquele ano, conquistado nos pênaltis em clássico contra o Santos. Mas a chegada de Abel Ferreira na área técnica alviverde, no final de 2020, fez com que o auge palmeirense fosse reescrito: dizer que já é um esquadrão histórico talvez seja simples demais e não faça jus ao peso de tantas conquistas.
De qualquer forma, é esta aura que justifica, em parte, o novo status que muitos passaram a colocar no Palmeiras nesta reta final de temporada 2024: o de grande favorito ao título brasileiro -- que pode ser o terceiro consecutivo a tomar o caminho do Allianz Parque. A disputa com o Botafogo, em especial, promete ser mais duradoura do que em 2023. Se a Série A é tudo o que resta para o time de Abel Ferreira, os alvinegros também dividem suas atenções com a Copa Libertadores – onde inclusive eliminaram os alviverdes.
A mera presença do time de Abel no encalço dos botafoguenses gera um respeito geral de quem avalia o campeonato, uma noção de que o Palmeiras pode, a qualquer momento, voltar ao topo da tabela para não mais sair nesta reta final de Campeonato Brasileiro. Esta percepção é baseada no que os palmeirenses entregam em campo, quase sempre de forma muito mais segura do que encantadora.