Champions League 2024/25 Power Ranking: Arsenal se anuncia como um dos favoritos ao título, e Bayern trava no catenaccio da Inter de Milão

O Borussia Dortmund sem dúvida melhorou desde que trocou o técnico Nuri Sahin por Niko Kovac. Para ser justo, piorar era quase impossível. Por isso, havia um certo otimismo em torno do BVB antes do jogo de ida das quartas de final contra o Barcelona.

No entanto, qualquer esperança de uma classificação improvável já ficou para trás após a derrota por 4 a 0 na Catalunha — um resultado devastador. Se ao menos os alemães tivessem marcado uma vez, o que era bem possível, considerando as chances criadas, ainda haveria uma pequena esperança de milagre no Signal Iduna Park.

Agora, a volta servirá apenas para tentar recuperar um pouco do orgulho — e até isso parece difícil, ainda mais levando em conta que Robert Lewandowski parece fazer questão de castigar seu ex-clube sempre que pode.

O Real Madrid é o Real Madrid. De alguma forma, o time sempre encontra um jeito de vencer. Por isso, ninguém quer cravar uma eliminação agora. Mas sejamos sinceros: não há como imaginar o Real revertendo um 3 a 0 contra o Arsenal no Santiago Bernabéu — porque a atuação desastrosa em Londres, na última terça-feira (8), está longe de ter sido um caso isolado.

O Barcelona já havia escancarado as fragilidades estruturais dos merengues em duas ocasiões nesta temporada. E vale lembrar também que o time de Carlo Ancelotti só chegou ao mata-mata graças ao formato absurdamente permissivo da nova Champions League.

Na prática, o Real já perdeu cinco dos 11 jogos que disputou na atual edição do torneio. E mesmo considerando que coisas estranhas costumam acontecer no Bernabéu, é difícil imaginar uma equipe tão desequilibrada e afetada por lesões avançando para as semifinais. A verdade é que tudo indica que o ciclo de Ancelotti está chegando ao fim.

Por um breve momento na noite de quarta-feira (9), parecia que o Aston Villa estava prestes a conquistar um dos maiores resultados da sua história. Se tivesse conseguido segurar a vantagem de 1 a 0 até o intervalo, talvez isso realmente tivesse acontecido.

Mas o time de Unai Emery sofreu dois gols entre o fim do primeiro tempo e o início do segundo — e, para piorar, levou mais um nos acréscimos, deixando a equipe com uma missão quase impossível para a volta em Villa Park.

Campeão europeu em 1982, o Villa já venceu o Bayern de Munique em casa nesta temporada, é verdade. Mas parar o entrosado trio ofensivo do PSG parece um desafio enorme para um time que já fez muito só por ter chegado até aqui.

Uma noite rara de apagão de Harry Kane veio no pior momento possível para o Bayern de Munique. O time criou várias chances contra a Inter de Milão, incluindo uma oportunidade claríssima desperdiçada justamente pelo seu principal artilheiro, ainda com o placar zerado na terça-feira (8).

Apesar da derrota, a situação ainda não é irreversível para os bávaros. O técnico Vincent Kompany se apega ao fato de que o Bayern dominou os primeiros 30 minutos de jogo. O problema é que a defesa da Inter, extremamente bem organizada, não deve ser mais fácil de superar no San Siro.

E a notícia ruim não para por aí: enquanto Jamal Musiala, principal criador de jogadas da equipe alemã, seguirá fora do segundo jogo, os italianos podem ganhar um reforço importante com o retorno do ala Federico Dimarco, que passou toda a noite no banco de reservas na ida, em Munique.

Quanto mais a temporada avançava, pior as coisas pareciam para o Arsenal. Um a um, jogadores importantes se lesionavam, o time foi eliminado das duas copas nacionais e via o Liverpool abrir vantagem na briga pelo título da Premier League.

Mesmo assim, o time de Mikel Arteta seguiu lutando — como mostrou na impressionante goleada sobre o Real Madrid na terça. Mesmo após construir um inacreditável (mas totalmente merecido) 3 a 0, o Arsenal continuou sufocando Kylian Mbappé e companhia até os minutos finais de um confronto absolutamente dominado.

O retorno de Bukayo Saka obviamente fez diferença, assim como Declan Rice, que parecia encarnar David Beckham ao cobrar duas faltas com perfeição. Mas o que realmente enche os Gunners de esperança na caminhada rumo a Munique é a intensidade mostrada por cada jogador em campo.

Após eliminar o Feyenoord nas oitavas de final com uma atuação marcada pela maturidade, o técnico Simone Inzaghi fez questão de dizer que a Inter merecia mais respeito — e ele tinha razão. Mesmo tendo chegado à final em 2023, quando perdeu para o Manchester City em Istambul após uma exibição corajosa, os nerazzurri ainda eram pouco considerados como candidatos ao título nesta edição da Champions League.

Mas a vitória sobre o Bayern de Munique nesta terça mudou todo o cenário. Os bávaros não perdiam em casa pela Champions havia quatro anos, e a Inter conquistou uma vantagem crucial de 2 a 1 no agregado com uma combinação de defesa impecável e contra-ataques letais.

Claro que, mesmo que o líder do Campeonato Italiano confirme a classificação no San Siro na próxima semana, tudo indica que o adversário na semifinal será o Barcelona. Mas, como disse o excelente zagueiro Alessandro Bastoni, a Inter talvez não tenha o elenco mais forte do torneio — mas pode "criar enormes problemas para qualquer um".

Será que essa é a melhor chance do Paris Saint-Germain conquistar, enfim, a Champions League? Tudo indica que sim. Ao abandonar a obsessão por contratações chamativas e apostar em jogadores com real potencial, o clube, financiado pelos árabes, se tornou um candidato legítimo ao título sob o comando de Luis Enrique.

O PSG também mostra hoje uma resiliência que há tempos não se via — algo fundamental em um clube que por tanto tempo ficou marcado por sucumbir nos grandes jogos. Depois de vencer o Liverpool em Anfield, a equipe deu mais uma demonstração de força ao virar para 3 a 1 sobre o Aston Villa no Parc des Princes, na quarta-feira.

Claro, a classificação ainda não está garantida. Mas com Khvicha Kvaratskhelia e companhia voando no ataque, é difícil imaginar os campeões franceses passando em branco no jogo de volta, em Birmingham.

O Barcelona está longe de ser perfeito. Até para quem assiste sem torcer, a linha defensiva alta do time costuma gerar tensão — a sensação é de que ela pode ser quebrada a qualquer momento com um simples passe em profundidade. Mas, para Hansi Flick, o risco vale a pena. E, neste momento, é difícil contestar sua abordagem — afinal, o Barça vem acumulando vitórias e jogando um futebol empolgante.

Líder de LaLiga e finalista da Copa do Rei, o time catalão praticamente garantiu a vaga nas semifinais da Champions League depois de atropelar um frágil Borussia Dortmund com a facilidade esperada, na noite de quarta-feira. O trio de ataque formado por Robert Lewandowski, Raphinha e Lamine Yamal voltou a brilhar e parece, de fato, imparável.

Um possível confronto com a Inter nas semifinais promete ser um duelo de estilos bem contrastantes — e um teste complicado para o Barcelona. Ainda assim, a equipe não perdeu uma partida sequer em 2025 e, por isso, continua sendo o time a ser batido nesta edição da Champions.