O futebol brasileiro é o que mais desgasta no mundo. A prova do “crime” veio em recente pesquisa do CIES, que analisou os calendários oficiais de 40 países entre 2012 e 2024. Somos medalha de ouro de vermos nossos principais clubes jogando mais de 60 partidas por ano, algo raríssimo ao redor do globo (acontece em apenas 5% dos casos) e, também, em jogos realizados no curtíssimo intervalo de 72 horas – ou a cada três dias.
Ver o próprio time jogar geralmente é bom: o próximo encontro é sentimentalmente o que mais importa, e se você vem de uma derrota não há nada como uma vitória à espreita para renovar os ares. O problema é que ver um jogo do seu time não significa, necessariamente, assistir a uma boa partida. Não funciona assim e, geralmente, quem acaba sofrendo é a qualidade do espetáculo. Este mês de agosto promete deixar isso muito claro na temporada 2024.
Três dos principais postulantes aos títulos mais importantes terão uma verdadeira maratona. Botafogo, Flamengo e Palmeiras poderão ter média de um jogo a cada três dias entre Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil e possuem encontros marcados entre si. No papel, promessa de grande espetáculo, mas no planejamento de uma campanha é quando alerta vermelho costuma ser ligado.
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