Escolhas no dia a dia e discurso confuso: os bastidores da demissão de Tite no Flamengo

Treinador teve apoio até determinado ponto, mas a pressão interna e externa se tornou maior

O Flamengo oficializou a saída do técnico Tite na manhã desta segunda-feira (30). Internamente, apenas o presidente Rodolfo Landim segurava o treinador no comando e depois do duelo contra o Athletico-PR, no Maracanã, o mandatário entendeu que o melhor caminho era romper o trabalho na tentativa de evitar o mesmo caminho que aconteceu com Jorge Sampaoli, em 2023.

Segundo sabe a GOAL, após a eliminação para o Peñarol, membros do departamento de futebol e aliados de Landim pediram a saída do técnico. O presidente, no entanto, optou por manter Tite, pelo menos até o jogo contra o Athletico.

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Raisa Simplício/GOAL
A gota d'água
Para além do desempenho, as escolhas de Tite e a parte emocional foram fundamentais para que Landim entendesse que o melhor seria encerrar o trabalho. O mandatário ficou convencido de que o treinador não tinha mais forças para seguir no comando da equipe.
A opção de colocar um time alternativo contra o Athletico e seguir mantendo Matheus Cunha no gol para o confronto decisivo pela Copa do Brasil pesaram na decisão. A entrevista coletiva após o jogo contra o Peñarol, já tinha assustado internamente.
Na ocasião, Tite disse que Carlinhos não vivia um bom momento, mas uma semana antes, tinha dito que o atacante era decisivo.

Marcelo Cortes / Flamengo
Lado emocional
O lado emocional pesou bastante na decisão. A diretoria percebeu um treinador muito abalado emocionalmente, especialmente após a eliminação para o Penãrol. Segundo ouviu a GOAL, faltava “energia” ao treinador e o clube estava precisando de boa dose disso para tentar salvar o ano.
O Ninho do Urubu nos últimos dias viveu um ambiente desanimador. Jogadores cabisbaixos, com poucas palavras e sem reação do técnico. Landim entendeu que Tite não estava em condições de reanimar os atletas.

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