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Barcelona Laporta Enrique Negreira GFXGetty/Sport.es

Barcelona é ordenado a entregar contrato após registro de polêmico pagamento de R$ 50,1 milhões a árbitro desaparecer

  • Justiça intensifica investigação e pressiona o Barcelona

    O chamado “Caso Negreira”, um dos escândalos mais explosivos da história recente do futebol espanhol, entrou em uma nova e decisiva fase. Um tribunal de Barcelona determinou oficialmente que o clube entregue todos os contratos e documentos de suporte relacionados aos € 8 milhões pagos a Negreira e às suas empresas entre 2001 e 2018.

    De acordo com o jornal El Mundo, os investigadores não encontraram vestígios dos contratos originais nem qualquer registro escrito nos arquivos do clube que justifique os pagamentos, supostamente feitos por “serviços de assessoria em arbitragem”. A ausência de provas documentais aumentou as suspeitas sobre a natureza da relação entre o Barcelona e o ex-vice-presidente do Comitê Técnico de Árbitros (CTA).

    A decisão judicial vai além da parte administrativa: o tribunal convocou o Barcelona, como pessoa jurídica, a depor no processo. Os ex-treinadores Luis Enrique e Ernesto Valverde, assim como o atual presidente Joan Laporta, deverão prestar depoimento no dia 25 de novembro, na condição de testemunhas.

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    Corrupção e desaparecimento de documentos

    A ordem judicial reforça a intenção do tribunal de descobrir a verdade por trás de quase duas décadas de pagamentos a Negreira. A investigação busca determinar se as transações foram de fato honorários por consultoria ou se fizeram parte de um esquema para favorecer o clube em decisões de arbitragem, o que configuraria corrupção esportiva.

    O tribunal solicitou “qualquer tipo de material” que possa justificar as faturas emitidas por Negreira, incluindo relatórios, registros de serviço ou comunicações entre o ex-árbitro e o clube. Até o momento, nenhuma evidência física foi encontrada que comprove a versão do Barcelona de que os pagamentos se referiam a consultorias técnicas legais sobre arbitragem e análise de jovens talentos.

    Em depoimentos anteriores, os ex-presidentes Josep Maria Bartomeu e Sandro Rosell defenderam o acordo, alegando que Negreira prestava relatórios táticos e avaliações sobre o desempenho da arbitragem. No entanto, contradições nos depoimentos e a ausência de contratos verificáveis levaram a uma intervenção judicial mais profunda, ampliando a pressão sobre a atual diretoria.

  • Novos personagens entram na mira da Justiça

    O tribunal também convocou outras figuras importantes para depor nos próximos meses, ampliando o escopo da investigação. A dirigente Elena Fort deve prestar depoimento em 27 de janeiro, enquanto o ex-presidente Joan Gaspart foi chamado para 6 de fevereiro.

    Além disso, o ex-árbitro Ricardo Segura, contratado pelo Barcelona desde 2021 para oferecer “serviços de assessoria em arbitragem”, foi intimado a explicar seu papel atual e se sua função repete o trabalho que Negreira desempenhava. A inclusão de Segura reforça a suspeita de que o clube possa ter mantido práticas semelhantes mesmo após o escândalo se tornar público.

    Esses desdobramentos revelam o quanto a polêmica afetou as operações internas do clube, reacendendo questionamentos sobre governança e transparência em um período já marcado por dificuldades financeiras e instabilidade administrativa.

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    Barcelona se prepara para audiência decisiva

    A próxima etapa da investigação será o depoimento de Laporta, Enrique e Valverde em 25 de novembro, que poderá ser crucial para determinar se os € 8 milhões pagos às empresas de Negreira correspondiam de fato a serviços legítimos de consultoria ou se violaram as regras de integridade e fair play.

    O tribunal também avaliará a documentação que o Barcelona apresentar em resposta à ordem judicial, um ponto decisivo para o andamento do caso. Caso o clube não consiga comprovar a origem e o propósito dos pagamentos, as suspeitas de irregularidades financeiras e esportivas podem se agravar ainda mais.

    Com a pressão legal aumentando, o Barcelona tenta equilibrar as disputas nos tribunais com os desafios dentro de campo, enquanto encara a possibilidade de um processo prolongado que pode se estender até 2026. O resultado dos depoimentos de novembro poderá indicar se o clube finalmente conseguirá começar a deixar para trás um dos escândalos mais prejudiciais de sua história recente.

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