As polêmicas do árbitro Wilmar Roldán

Na eliminação do São Paulo da Sul-Americana de 2011, Roldán protagonizou um dos momentos mais controversos da carreira. Juan, lateral-esquerdo do Tricolor, acabou expulso já nos últimos instantes da derrota no Paraguai e deixou o gramado acusando Roldán de racismo.

"Fui cobrá-lo por ter dado só três minutos de acréscimo, e ele virou falando: 'Sai daqui, macaco'. Falei para me chamar de macaco de novo e ele, covardemente, como fez o jogo todo, me expulsou. É brincadeira o que fazem", disparou o camisa 6, em entrevista pós-jogo à TV Globo.

E o Tricolor Paulista seria centro de outra polêmica com Roldán. Dois anos depois do caso com Juan, o árbitro foi mais uma vez o foco, em um empate em 1 a 1 entre São Paulo e Arsenal de Sarandí, no Pacaembu, pela primeira fase da Libertadores daquele ano.

O ídolo Luis Fabiano, atacante da equipe, à época, reclamou de maneira ríspida com Roldán após o apito final e acabou expulso. Mais, a Conmebol, a partir do que fora relatado na súmula da partida, aplicou um gancho de quatro jogos no camisa 9. No pós-jogo, Fabiano afirmou que a irritação se dava pela não marcação de um pênalti e que sequer agrediu verbalmente o árbitro.

E as controvérsias não se limitam às decisões no gramado - sua relação com o VAR também já foi manchete. Na semifinal da Libertadores de 2017 entre River Plate e Lanús, era o colombiano o responsável por 'inaugurar' o árbitro de vídeo no torneio, ainda em fase inicial de instalação no futebol mundial.

O River Plate vinha de vitória por 1 a 0 no jogo de ida e vencia o rival argentino fora de casa, na volta, por 2 a 0. Ainda no primeiro tempo, Ignacio Scocco arriscou um arremate e, dentro da área, um defensor do Lanús acabou utilizando a mão para desviar a finalização. Mesmo com muita reclamação, Roldán se negou a ir ao monitor para reavaliar o lance, conforme reportagens da época, mantendo a decisão de campo. Mais tarde, o River teria um jogador expulso e acabaria sofrendo uma virada história, perdendo por 4 a 2 e vendo o Lanús, eventualmente, se tornar vice-campeão para o Grêmio.

No pós-jogo, o árbitro foi bastante criticado pela imprensa.

Uma verdadeira trapalhada também aconteceu na Copa das Confederações de 2017, na Rússia, no confronto entre Alemanha e Camarões. Já no segundo tempo, o camaronês Mabouka comete falta dura em Emre Can, e o alemão fica caído no chão. E aí, os erros começam.

Primeiro, Roldán aplicou um cartão amarelo para o jogador errado, para Siani. Logo depois, ele é chamado para o VAR e percebe um erro - a cor do cartão. Assim, cancela o cartão amarelo e mostra um cartão vermelho, mas novamente para Siani, jogador que nada tinha a ver com o lance. Foi necessária uma segunda intervenção do árbitro de vídeo para que Roldán fosse novamente ao monitor, corrigisse o erro e expulsasse, enfim, Mabouka.

"Não me pergunte o que realmente aconteceu. Não entendi", disse o técnico de Camarões à época, Hugo Broos, na coletiva pós-jogo.

Definitivamente, 2017 não foi dos melhores anos para Roldán, que ainda se envolveria em mais uma grande polêmica em um grande jogo - desta vez, na final da Sul-Americana, entre Flamengo e Independiente.

O Flamengo vinha de derrota no primeiro jogo, por 2 a 1, e precisava triunfar no Maracanã para, no mínimo, levar a partida para a prorrogação. As controvérsias começam ainda no primeiro tempo, minutos depois de Lucas Paquetá abrir o placar para o Rubro-Negro, quando o colombiano entendeu que Cuéllar fez um pênalti em cima de Meza, em lance duvidoso - na cobrança, Ezequiel Barco deixou tudo igual.

Na etapa final, agora um pênalti não marcado: Paquetá foi empurrado após driblar zagueiro adversário e foi para o chão, mas Roldán nada marcou. Os dois lances foram lembrados pela imprensa no pós-jogo.