Achar novo destino para Ansu Fati, recompensar Raphinha e os seis movimentos que o Barcelona precisa tomar na janela de janeiro

Ferran Torres reencontrou um pouco de forma desde que retornou de lesão no final de novembro, com o atacante marcando tanto na vitória de 5 a 1 sobre o Mallorca em 3 de dezembro quanto no empate de 2 a 2 com o Real Betis quatro dias depois. Ele pode continuar a ser um jogador útil para o elenco na segunda metade da temporada, caso consiga se manter em boa forma.

No entanto, não há garantia de que ficará livre de lesões – ele foi afastado duas vezes por problemas no tendão em 2024 – e também não há certeza de que se tornará um atacante de classe mundial agora que tem sido regularmente escalado em uma posição mais central, que, segundo ele, aprecia.

É verdade que Ferran mostrou lampejos de se tornar o jogador que o Barça acreditava ter adquirido do Manchester City em janeiro de 2022, mas não há como negar que ele falhou em justificar o preço de €55 milhões de euros. Aquela contratação parecia uma aposta mal planejada para um clube com problemas financeiros na época – e, infelizmente, se confirmou, com o Barcelona ainda supostamente pagando a quantia excessiva.

Consequentemente, o Barcelona deveria deixar claro para todos os interessados em Ferran – e ele tem alguns, incluindo o Aston Villa e o Atlético de Madrid – que aceitaria vender o jogador por um valor bem abaixo do que pagou por ele há dois anos. Vender o espanhol geraria algum capital e ajudaria a retirar um jogador altamente pago, mas de baixo rendimento, da folha salarial.

Em meio a toda a incerteza no Barcelona, uma coisa é clara: com Pedri e Gavi, o Barcelona têm dois jogadores capazes de comandar o meio-campo na próxima década. Eles são, simplesmente, excepcionais. Ambos enfrentaram problemas de lesão – Gavi ainda está se recuperando de uma ruptura no ligamento cruzado anterior (LCA) – mas seu valor para o clube é inquestionável.

Por isso, é fundamental que o Barça os fixe em novos contratos de longo prazo, especialmente porque, nos últimos 18 meses, houve várias notícias sobre clubes europeus rivais tentando aproveitar os problemas financeiros dos catalães para contratar Pedri e Gavi. De fato, houve um temor real de que Gavi pudesse deixar o clube enquanto o Barça lutava para registrar o jogador de 20 anos antes da temporada 2023/24, o que só foi resolvido após o clube levar a LaLiga ao tribunal.

A última coisa que o Barça precisa é de outra disputa legal complicada. Portanto, em vez de contratar novos jogadores agora, o foco é manter suas estrelas atuais.

De acordo com relatos, Lamine Yamal já teria concordado em estender seu contrato de 2026 para 2030, completando 18 anos no próximo verão europeu, mas ainda não foram alcançados acordos com Pedri e Gavi, que têm apenas 18 meses restantes em seus respectivos contratos.

Ambos os astros espanhóis já expressaram o desejo de ficar no Barça por toda a carreira, mas até que essas renovações sejam oficializadas, os fãs continuarão apreensivos.

Não faz muito tempo que Ansu Fati ocupava a posição de Lamine Yamal, sendo a sensação do Barcelona e apontado como "o novo Lionel Messi". Infelizmente, o espanhol é hoje uma sombra do jogador que surgiu aos 16 anos em 2019, quebrando recordes de gols um após o outro.

Fati mal tem jogado pelo Barcelona nos últimos anos, com uma série de lesões que impactaram significativamente sua carreira. Ele começou apenas um jogo nesta temporada e agora está cada vez mais claro que não há futuro para ele no clube.

O empréstimo para o Brighton na última temporada não teve o sucesso esperado, mas tanto o Barcelona quanto o entorno de Fati precisam trabalhar juntos para encontrar um novo destino para ele durante a janela de transferências de janeiro. Convencer um clube de porte considerável a arriscar em um jogador ainda lidando com problemas físicos não será uma tarefa fácil.

Frenkie de Jong se tornou um grande problema para o Barcelona. Assim como Gavi e Pedri, o jogador de 27 anos ainda tem 18 meses restantes em seu contrato atual, mas, ao contrário de seus companheiros de meio-campo, o ex-jogador do Ajax estaria relutante em assinar um novo acordo, pois planeja uma transferência gratuita lucrativa em 2026.

Diante disso, o Barça simplesmente terá que encontrar um comprador em janeiro. Hansi Flick está tentando trazer De Jong de volta ao seu melhor nível, mas o holandês tem apresentado um desempenho extremamente abaixo do esperado desde que retornou de sua última lesão, tendo começado apenas dois jogos em 2024/25.

Consequentemente, De Jong, que se acredita estar ganhando impressionantes €23 milhões de euros brutos por ano, foi recentemente alvo de vaias da torcida do Barça, o que não chega a ser surpreendente. Dada a grave situação financeira do clube, os culés literalmente não podem se dar ao luxo de manter uma contratação tão cara no banco.

O problema, no entanto, é que, segundo rumores, De Jong não tem intenção de deixar uma cidade onde sua família está feliz e bem estabelecida, a menos que qualquer clube interessado esteja disposto a igualar seu salário atual.

Portanto, mesmo que o Barça esteja disposto a vender De Jong por um valor reduzido – o que é crucial –, o clube precisará que uma equipe europeia de ponta faça uma oferta que o jogador considere aceitável. Caso contrário, o Barcelona ficará preso pagando uma verdadeira fortuna a um jogador medíocre por pelo menos mais seis meses.

Na última temporada, a venda de Raphinha foi seriamente considerada durante a janela de transferências de verão europeu, com o objetivo de financiar uma possível aquisição de Nico Williams. No entanto, agora o brasileiro é visto como indispensável para o Barcelona.

Além de ter registrado os melhores números de sua carreira em termos de gols e assistências, o ex-jogador do Leeds se tornou um líder inesperado no Barça. Ele é um membro altamente popular no vestiário e é considerado um exemplo a ser seguido pelos outros, devido à maneira impressionante com que transformou completamente sua trajetória na Catalunha.

Portanto, embora o Barcelona tenha outras prioridades no momento, especialmente em relação às extensões de contrato de jogadores mais jovens como Yamal, Pedri e Gavi, Raphinha certamente merece um novo contrato. Os culés seriam sensatos em concedê-lo a ele, mais cedo ou mais tarde.

Os problemas financeiros do Barcelona são evidentes para todos. Jogadores como Olmo, Ilkay Gundogan e Jules Kounde até inseriram cláusulas em seus contratos que davam o direito de sair do clube em caso de problemas de registro. No entanto, o conhecimento prévio dessas dificuldades não os impediu de se juntarem ao que continua sendo um dos destinos mais cobiçados do futebol mundial.

Portanto, é razoável afirmar que o Barcelona fará o possível para aproveitar o mercado de agentes livres de 2025, já que jogadores com apenas seis meses restantes em seus contratos poderão negociar com outros clubes a partir de 1º de janeiro.

Evidentemente, há um limite para o que o Barça pode prometer em termos salariais, mas seria uma grande surpresa se o clube não passasse as próximas semanas se reunindo com os representantes de Jonathan Tah (um alvo de longa data), Alphonso Davies (mesmo que ele tenha sido mais fortemente ligado ao Real Madrid) e talvez até mesmo Joshua Kimmich (dado o vínculo com Flick).

De fato, rumores indicam que o Barcelona já se reuniu com os representantes de Tah e estão bem posicionados para concretizar a transação — finanças permitindo, claro...