Exatamente no dia em que a trinca de goleiros da Seleção Brasileira ficou completa, Taffarel e Rogério Maia, respectivos treinador e auxiliar para a posição, concederam entrevista coletiva na Granja Comary.
Dentre as principais perguntas, o arqueiro campeão mundial em 1994 falou sobre as boas temporadas feitas por Alisson, Ederson e Cássio, além de, pela primeira vez desde 1990, a Seleção rumar para um Mundial com três goleiros que nunca disputaram a competição.
"Como primeira vez, em 1990, quando foi minha vez, o entusiasmo era grande. Vejo isso nos três goleiros. Estão aqui pelo momento que estão vivendo, e isso nos dá tranquilidade. Vejo que eles têm experiência para representar bem o Brasil, apesar de ser a primeira Copa deles".
"Nos dão toda a tranquilidade de contar com os três. Eu vejo que tem experiência, e todas as condições de representar bem o Brasil. O momento hoje da escola brasileira da goleiros é muito alta, muito reconhecida lá fora".
QUEM É O MELHOR DO MUNDO?
"Melhor goleiro do mundo? Difícil. Antes a gente falava do Neuer, sobretudo após a Copa de 2014. O Alisson está entrando nessa mesma linha de segurança, jogo perfeito com os pés. Ele está muito perto dessa escola. De Gea também me agrada. Mas na Copa vamos ter uma ideia geral de quem pode ser o melhor."
ELOGIOS PARA ALISSON
"O Alisson tem muita personalidade (...) Demos muita confiança para ele e isso fez a diferença. O normal seria que já que não estava atuando, não seria chamado. Mas não é por aí. E todas as vezes que ele veio, jogou muito bem".
Pedro Martins / MoWA Press"Vejo o Alisson com muito brilho (...) Isso faz com que jogue como uma maneira segura, dê tranquilidade para a defesa. Os demais jogadores sentem isso. Esse brilho precisa aparecer na hora certa. Eu peguei pênaltis no momento certo. E isso que eu espero para ele. E espero que na Copa ele mostre esse talento, é um cara muito iluminado".
FÁBIO NÃO TEVE CHANCE
Getty (Foto: Alexandre Schneider/Getty Images)
"A gente tinha goleiros mais preparados para vir à Seleção do que o Fábio. Não vejo que uma não convocação faça dele um jogador abaixo. Isso na Seleção é algo normal.
Mas existem goleiros mais preparados e melhor do que ele".
AUSÊNCIA DE VANDERLEI
"Houve conversa, visita e avaliação do Vanderlei. Talvez ele entra no quadro dos goleiros que são bons, mas que para a Seleção tem outros melhores. O Vanderlei vem bem desde o tempo de Figueirense. Mas, no nosso modo de ver, os goleiros que estão aqui são melhores do que estão fora. Analisamos dessa maneira. Talvez se tivesse mais tempo, para experimentar em um amistoso, seria melhor.
O TAFFAREL DE 90 E O DE 94
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"Sempre tem uma evolução entre a primeira Copa e as seguintes. Em 1990 eu tinha 24 anos, tinha a sensação de que podia passar por cima da trave. Em 1994 você avalia mais as coisas, é um processo natural das coisas. Os três goleiros estão bem e entusiasmados. E isso é fundamental".