Paradoxo. Tanto Argentina quanto Portugal viviam situações bem acessíveis, mas também dramáticas para conseguirem suas vagas na Copa do Mundo de 2018, nesta terça-feira (10).
Os hermanos precisavam vencer o Equador na altitude de Quito para garantir ao menos um lugar na repescagem. Não poderia existir um adversário melhor. El Tri, afinal de contas, vinha de péssimos resultados e atuações, cinco derrotas seguidas, troca de técnico e um elenco modificado. Uma crise completa. Por outro lado, a Albiceleste vinha muito pressionada e no desespero após empates em casa com Peru e Venezuela.
Já Portugal precisava vencer a Suíça em casa para conseguir um lugar na Rússia em 2018. Atuando em seus domínios e com o time e Cristiano Ronaldo em ótimas fases, os lusos eram favoritos, mas o adversário fazia excelente campanha, já tinha vencido o duelo na Suíça e conta com uma equipe muito boa. Era um rival complicado.
No fim das contas, tanto Argentina quanto Portugal venceram seus compromissos e carimbaram o passaporte para a Copa do Mundo de 2018. No entanto, se coletivamente todos comemoraram, do ponto de vista individual, Lionel Messi levou a melhor sobre Cristiano Ronaldo no duelo entre os melhores do mundo.
getty(Foto: Getty Images)Messi vinha acumulando excelentes atuações pela Argentina, mas o peso de ser o craque e principal esperança dos hermanos e os resultados ruins vinham pesando. O camisa 10 estava jogando demais, mas seus companheiros não conseguiam acompanhar seu nível. Por várias vezes, o gênio deixou seus parceiros na cara do gol, mas eles desperdiçaram todas as chances.
Contra o Equador, porém, Messi fez diferente. Botou o jogo nas costas e decidiu. Um desastre se desenhava quando, aos 40 segundos, El Tri abriu o placar. Mas a Argentina contou com Messi em jornada inspirada para resolver o problema. Com três gols e um recital de futebol, o craque garantiu a vaga albiceleste na Copa do Mundo.
Cristiano Ronaldo, por sua vez, teve atuação apagada na vitória portuguesa sobre a Suíça. É curioso, mas mais uma vez, como foi na Euro 2016 e em outros momentos, o gajo brilha durante todo o caminho e é fundamental para a sua seleção, mas na hora H não aparece. Ele se contundiu na decisão europeia no ano passado e desta vez, no jogo valendo vaga no Mundial, ele sumiu em campo, com seus companheiros resolvendo a parada.
Getty Images(Foto: JOSE MANUEL RIBEIRO)