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UEFA Champions League: a era Real Madrid/Manchester City vai ser mais curta do que parecia?

É chover no molhado dizer que a UEFA Champions League mudou, a nova fase de liga fala por si só. Mas além do formato, a hierarquia do maior torneio de clubes também pode estar mudando. Se historicamente a Orelhuda muda de mãos em ciclos, talvez a gente esteja vendo o fim do curto reinado de Real Madrid e Manchester City.

Os dois times, que começaram a temporada como favoritos, caíram feio na rodada desta semana -- a quarta da fase de liga. Em Madri a crise é mais clara: o 3 a 1 para o Milan foi a segunda derrota do Real na Champions League, e na sequência de um 4 a 0 para o Barcelona em pleno Santiago Bernabéu. A ausência de Toni Kroos e a difícil incorporação de Kylian Mbappé ao atual campeão europeu são o diagnóstico, e Ancelotti ainda vai ter de trabalhar bastante pra encontrar a receita.

O ar é aparentemente menos nebuloso em Manchester, quem diria, mas ninguém esperava um 4 a 1 diante do Sporting. O City não perdeu nas duas últimas temporadas da UEFA Champions League e a última vez que caiu por mais de dois gols de diferença foi em 2018, 3 a 0 diante do Liverpool. Some-se a isso a competitividade da Premier League, a quase-certeza de não ter Rodri até o fim da temporada e o cenário turbulento extracampo envolvendo o clube e suas finanças. Até o melhor treinador do mundo sabe que a tarefa para esta temporada é mais dura do que se podia imaginar.

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  • FK Crvena Zvezda v FC Barcelona - UEFA Champions League 2024/25 League Phase MD4Getty Images Sport

    Quem entra na briga

    Na Europa, isso tem muito a ver com quem entra nessa briga com Real e City. Além de outros postulantes de peso, como Inter de Milão, Bayern de Munique e Arsenal, têm dois rivais diretos que despontam como sensações do ano: Barcelona e Liverpool, ambos com vitórias contundentes na mesma Champions League.

    O Barcelona atropelou de novo, 5 a 2 fora de casa sobre o Estrela Vermelha, terceira goleada seguida na Champions do melhor ataque da elite europeia, com 55 gols marcados ao todo. O Liverpool não deixou por menos: 4 a 0 no Leverkusen, sensação do ano passado, e liderança isolada da fase de liga da competição. Os dois ainda lideram seus campeonatos locais, vencendo, por ora, os duelos diretos com Real Madrid e Manchester City, respectivamente.

    Carlo Ancelotti e Pep Guardiola estão no Olimpo da UEFA Champions League. Nas últimas três campanhas, não só levaram o troféu como fizeram, entre si, ano após o ano, o duelo decisivo do torneio, criando uma rivalidade própria que, há alguns meses, parecia pronta para dominar a competição. Difícil dizer quanto duraria, mas Real e City pareciam ter, há algumas semanas, lenha para queimar por mais algumas temporadas.

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  • Jude Bellingham Phil Foden Real Madrid Manchester City 2023-24Getty Images

    O histórico recente

    Foi assim com Real Madrid, Barcelona e Bayern de Munique de 2009 a 2018. Em dez finais no período, o trio esteve presente em todas e só não conquistou o troféu em duas oportunidades, um domínio inédito patrocinado por Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e a geração alemã que, de quebra, ainda levou a Copa do Mundo de 2014.

    O cenário se abriu na temporada 2018/19. CR7 foi a Turim, Messi sofria com um Barcelona em grave crise financeira e o Bayern passava pela primeira de muitas reformulações. O Liverpool emergiu prometendo ser uma força continental, mas o título em Madri nunca se repetiu.

    No ano seguinte, PSG e Bayern fizeram a final da pandemia, dois dos times mais cotados para aproveitar as crises de Barcelona e Real. De novo, one-season wonders que terminaram tragados por suas próprias crises internas nos anos seguintes. Em 2021, o cenário mais inusitado: um Chelsea nos primeiros passos de uma profunda renovação se acertou no meio da temporada, surfou a onda certa e ainda se aproveitou da eterna crise do City na Champions pra levantar a taça.

    Foi só em 2022 que a Orelhuda passou a viver algo próximo de uma dinastia, com Real Madrid e Manchester City protagonizando o torneio. Chelsea, Liverpool, Inter de Milão, Bayern de Munique e, vá lá, o Borussia Dortmund, giraram em torno da dupla, mas era difícil imaginar que o campeão não seria um dos dois.

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    Dinastia ou novidade?

    Nada impede que esse domínio siga. Por mais que tenham seus problemas internos, Real e City têm talento suficiente para dar a volta por cima e conseguir a Champions League, ampliando sua “Era” no torneio mais importante do planeta. Há alguns meses, no entanto, uma grande dose de otimismo era necessária para cravar Barcelona e Liverpool, com dois técnicos novos e nenhuma grande contratação para a temporada, como forças dominantes do futebol europeu.

    E mesmo assim, Hansi Flick e Aren Slot não só começam bem o ano: dão cada vez mais pinta de que chegaram pra ficar. A temporada é longa e pode cobrar de ambos um elenco mais curto que eles gostariam, mas hoje é difícil tirar Barcelona e Liverpool de um clube restrito de candidatíssimos a conquistas na temporada. No mesmo nível, ou até mais, que Real Madrid e Manchester City.

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