Reserva para Bukayo Saka, cogitar Marcus Rashford e os seis movimentos que o Arsenal precisa tomar na janela de janeiro

O Arsenal já teve que ficar sem Martin Odegaard devido a uma lesão por uma parte considerável desta temporada, e agora terá que seguir sem Bukayo Saka, que pode perder até três meses após uma ruptura no tendão.

Mikel Arteta já enfatizou que soluções caseiras estão à sua disposição, tendo vários atacantes capazes de jogar na direita para preencher o vazio deixado por Saka. Gabriel Martinelli assumiu a responsabilidade imediata até agora, jogando como um ala mais tradicional - os efeitos positivos já foram sentidos na goleada por 5 a 1 sobre o Crystal Palace, embora o Ipswich tenha complicado a vida dos Gunners no triunfo por 1 a 0.

Há outros que poderiam substituir Saka, como Kai Havertz - uma solução mais intrigante. Vale lembrar, foi mais ou menos a esta altura da última temporada que o alemão avançou do meio-campo para o ataque e mudou completamente de patamar no Emirates. Por que não um novo experimento, então?

Em relação a possíveis novas contratações, há rumores envolvendo a dupla do Bayern de Munique Leroy Sané e Kingsley Coman.

Mas há ainda um nome que mais se destaca...

Ele. Claro. Por que não?

Não trata-se necessariamente de substituir Saka nos mesmos moldes, mas de adicionar um marcador de gols a um ataque estagnado - a goleada sobre o Palace foi um ponto fora da curva ao longo da temporada e o Arsenal indiscutivelmente diminuiu o ritmo quando se trata de criar chances com a bola rolando. Rashford também já citou seu desejo de um 'novo desafio' e o caminho para a redenção através do Arsenal de Arteta já foi provado por nomes como Havertz e o rejuvenescido Gabriel Jesus.

O Manchester United vai ter dificuldades para tentar vender sua estrela da casa, em parte devido aos seus salários e em parte devido à clara queda de forma nos últimos 18 meses ou mais, mas seria um baita oportunismo do Arsenal apostar tudo em Rashford nesse momento de baixa do inglês.

Seria, no entanto, também ir contra o mantra de Arteta de calma e controle, seja dentro ou fora do campo. Os nove pontos de distância entre Gunners e Arsenal na virada do ano são uma diferença considerável a ser diminuída, e talvez uma mudança brusca de direção, como a contratação de Rashford, proporcionaria um estímulo muito necessário. Os londrinos, na veradde, talvez nem precisem tirar o escorpião do bolso para contratá-lo, já que reportagens indicam que até mesmo um empréstimo poderia funcionar. E, convenhamos, não é como se o United disputasse as mesmas coisas que o Arsenal nesta temporada.

Rashford insiste que seus melhores anos ainda estão por vir - se alguém que ainda crê que ainda tem seus melhores dias pela frente precisa dizer isso é uma outra questão - e não faz muito tempo desde aquela boa forma que o credenciou a ser um dos melhores atacantes da Premier. Então, se esse Marcus Rashford ainda pode vingar, Arteta poderia ser o cara certo para guiá-lo.

Mas talvez a busca do Arsenal por um marcador de gols não precise desaguar em Rashford necessariamente. Mas, verdade seja dita, não é simples encontrar um novo artilheiro, especialmente na janela de janeiro.

Dois atacantes ligados aos Gunners são os suecos Alexander Isak e Viktor Gyokeres, embora tenham com seus próprios riscos. No caso de Isak, um jogador propenso a lesões, o Newcastle deve exigir pelo menos £150 milhões; no de Gyokeres, que completará 27 anos neste ano, ele ainda não jogou em uma das cinco grandes ligas europeias.

Tudo isso antes mesmo de considerar se Newcastle ou Sporting vão querer de fato ouvir propostas. Do ponto de vista do Arsenal, no entanto, considerando que a procura por atacantes deva ser alta para a próxima temporada, esta poderia ser uma chance para se adiantar aos rivais.

Pelo menos dar uma olhadinha no mercado não faria mal, né?

Desde que foi emprestado de última hora ao Arsenal, no meio do ano passado, Raheem Sterling jogou apenas 426 minutos em 11 partidas. Nesse tempo, ele registrou um gol e duas assistências.

Sejamos francos, este é um período decepcionante da carreira do inglês, mas os torcedores do Arsenal não devem perder a esperança. O momento de Sterling se provar está chegando, à medida em que ele se recupera de lesão - a expectativa é que ele volte a campo já nas próximas semanas.

A principal razão por trás da mudança de Sterling para o Emirates, em primeiro lugar, foi Arteta, ex-auxiliar de Pep Guardiola no Manchester City e um dos grandes responsáveis por transformá-lo no goleador que ele se tornou no Etihad Stadium. Foi o espanhol quem lhe ensinou a arte de chegar à linha de fundo para marcar, jogada que se tornou característica de Sterling.

O Arsenal vai precisar de Sterling em algum momento antes do final da temporada. Ele precisará, então, estar preparado para quando o momento chegar.

Há poucos dias, qualquer manchete envolvendo Fabio Vieira nem passaria pela cabeça de qualquer torcedor racional do Arsenal. Infelizmente, como os técnicos gostam de nos lembrar, qualquer coisa pode acontecer no futebol.

Depois de duas temporadas abaixo do esperado no norte de Londres, Vieira, comprado por £35 milhões, foi emprestado de volta ao Porto nesta temporada. Ele não causou grande impacto no Estádio do Dragão, mas tem se saído bem. As redes sociais do Arsenal ficaram alvoroçadas na semana passada quando ele ficou de fora de uma partida contra o Boavista, acendendo a teoria de que ele poderia ser chamado de volta devido à lesão de Saka.

O técnico do Porto, Vitor Bruno, porém, rapidamente acabou com qualquer possibilidade disso acontecer no momento. "Tenho que tomar decisões, prestar muita atenção ao desempenho dos jogadores e como eles veem suas atividades diárias. Fabio é muito talentoso, mas o talento precisa de ajuda de uma série de condições. E quando uma ou duas acabam caindo, tudo fica mais difícil", explicou.

"Ele tem imenso potencial. E eu, um grande elenco que me dá algumas garantias. Eu não posso abdicar de certos princípios. Não preciso passar nenhuma mensagem [para ele]. Fabio me conhece bem e estamos contando com ele. Ele estará disponível para jogar novamente na próxima semana. Então é uma questão de tomar decisões".

E, realmente, chamar Vieira de volta não deve sequer ser considerado pelo Arsenal. Sob nenhuma circunstância. Ele só serviria para barrar jogadores que ainda podem contribuir para o sucesso, tanto a curto quanto a longo prazo. Tê-lo de volta tornaria a construção de elenco mais complicada.

O Arsenal sempre conseguiu contar com sua linha de produção constante de joias da base, em Hale End. E as duas últimas estrelas promovidas para a equipe principal provaram que estão prontas para o desafio.

Ethan Nwaneri, o jogador mais jovem de todos os tempos da Premier League, dá aos Gunners um belo armador com talento para dribles, passes e finalizações, e precisa ser levado em conta para mais minutos agora que Saka ficará um tempo considerável no departamento médico.

Quanto a Myles Lewis-Skelly... Bom, talvez seja melhor deixar Declan Rice falar sobre ele: "Ele pode chegar ao topo, este moleque é especial, muito especial. Para um jovem de 18 anos ser tão bom, jogar tão confortável, ser tão forte – parece que ele foi criado em um laboratório! Eu falei isso para ele outro dia, é ridículo o quanto ele é bom. Mas ele tem um longo caminho a percorrer. E ele é muito equilibrado, tem uma família ótima. Sei que sua mãe cuida dele muito bem".

Concluiu: "Temos uma safra realmente boa de jovens surgindo. E ele pode chegar aonde quiser, só precisa se manter focado e sempre querer mais".

No último mês, Lewis-Skelly ganhou chance no time titular devido à escassez de opções na lateral-esquerda. Agora é a hora de Nwaneri começar a também ganhar rodagem.