Nulo no São Paulo, James Rodriguez resgata posto de maestro da Colômbia na Copa América

Os Cafeteros são atualmente o time mais quente do futebol masculino. Eles estão em uma sequência de 28 jogos sem perder, com a última derrota ocorrendo em fevereiro de 2022 contra a Argentina nas eliminatórias da para a Copa do Mundo. A sequência de 10 vitórias consecutivas foi interrompida pelo empate em 1 a 1 com o Brasil.

A Colômbia não se classificou para o torneio no Qatar e usou isso como motivação. Eles chegaram à Copa América em excelente forma, com Rodriguez liderando uma campanha brilhante. O meia-atacante, titular nas cinco partidas, deu seis assistências e fez um gol no caminho para a grande decisão.

O torneio de Rodriguez é especial. Em cinco partidas, criou mais chances do que qualquer outro jogador na Copa América. Isso resultou em seis assistências e, se não fosse por uma polêmica decisão do VAR na terceira rodada contra o Brasil, ele teria sete.

James foi eleito o Melhor em Campo na vitória por 2 a 1 sobre o Paraguai, onde fez as duas assistências para os gols dos Cafeteros. Continuou com uma exibição brilhante contra a Costa Rica, ajudando na vitória por 3 a 0.

Embora não tenha marcado contra a seleção brasileira, foi fundamental para garantir o empate em 1 a 1, com Vinicius Jr. criando três chances de gol, acertando a trave uma vez e completando 81% dos passes nos 81 minutos que jogou.

Antes da partida contra o Brasil, o técnico Lorenzo afirmou que Rodriguez amadureceu, o que o ajudou a se desenvolver como jogador. “Agora ele corre um pouco menos, mas pensa um pouco mais. Está bem cercado e isso o faz jogar bem. Conheço o amor que ele tem pela camisa, seu compromisso com a seleção e é por isso que confio nele.”

No duelo das quartas de final contra o Panamá, James Rodriguez talvez tenha alcançado seu melhor desempenho no torneio. Ele deu duas assistências e marcou um gol de pênalti na vitória por 5 a 0. Nas semis contra o Uruguai, deu a assistência para o único gol da partida.

Para os melhores jogadores, a idade traz altos e baixos. Para Rodriguez, seus dias como Galáctico em Madri foram o auge, jogando ao lado de Cristiano Ronaldo, Gareth Bale e Karim Benzema. Passagens por empréstimo no Bayern de Munique e a eventual saída de Madri em 2020 iniciaram uma espiral descendente nos clubes, afetando também seu desempenho na seleção.

A transferência para o Everton durou apenas uma temporada antes de Rodriguez se mudar para o Al Rayyan, no Qatar, no verão europeu de 2021. Esperava-se que ele fosse parte da escalação, mas foi surpreendentemente excluído da seleção colombiana devido a inconsistências de forma e questões de compromisso. Los Cafeteros terminaram em terceiro lugar no torneio sem ele.

Essas inconsistências continuaram, apesar de seu retorno à seleção após a Copa América de 2021. Agora, três anos depois, no São Paulo, ele aparentemente se tornou um homem indesejado. Antes da Copa América de 2024, ele jogou apenas 10 minutos pela seleção nos últimos dois meses. Mesmo assim, ele se viu sob o comando de Lorenzo antes da Copa América 2024, e a fé do treinador em Rodriguez está finalmente valendo a pena.

O meio-campista veterano está jogando seu melhor futebol desde que deixou o Everton. O psicólogo da equipe, Marcelo Roffe, revelou a alegria no programa com Rodriguez, dizendo ao El Colombiano: “James é extraordinariamente pé no chão. Graças a Nestor Lorenzo, ele está feliz novamente na seleção e fazendo a torcida feliz novamente.”

Agora, naquela que pode ser sua última Copa América como capitão dos Cafeteros, Rodriguez lidera uma disputa pelo título. De volta ao seu melhor, o ex-Galáctico está mais uma vez emocionando os torcedores da Colômbia e do futebol em geral.

Embora tenha enfrentado altos e baixos desde a Copa do Mundo de 2014, o jogador de 32 anos está revivendo sua melhor forma, o que pode ser suficiente para dar à Colômbia seu primeiro título da Copa América desde 2001.