Neymar, Kevin De Bruyne e Antoine Griezmann podem seguir Lionel Messi em transferências de impacto à MLS?

Melhor brasileiro da geração, Neymar é um gênio em campo. Nos seus melhores dias, é um dos três melhores jogadores do mundo, e seu impacto tanto no clube quanto na seleção é indiscutível.

Desde que despontou mundialmente como um jovem talento no Santos, Neymar brilhou pelo Barcelona, PSG e pela seleção brasileira, conquistando o carinho e a admiração dos fãs. Onde quer que jogue, ele atrai multidões e transforma cada jogo em um espetáculo. Sua habilidade com os pés, controle de bola estonteante e inteligência de jogo – comparável apenas à de Messi entre os jogadores de hoje – garantem um show a cada partida.

Uma chegada à MLS transformaria cada semana em um evento imperdível. Neymar é feito para os grandes palcos, para os holofotes. Ele atrai o público, o canto das torcidas e as câmeras – tudo o que a MLS busca para impulsionar seu apelo global. Com ele, viriam vendas de camisetas, ingressos esgotados e patrocínios em alta. Aos 32 anos, ele seria a aposta perfeita para seguir o impacto deixado por Messi na liga.

Além disso, a MLS poderia oferecer o ritmo competitivo necessário para mantê-lo em forma antes de liderar o Brasil na Copa do Mundo de 2026.

Desde sua transferência para o Al Hilal na Arábia Saudita, Neymar praticamente não entrou em campo. Após romper o ligamento cruzado anterior enquanto defendia a seleção brasileira nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, em 2023, o brasileiro ficou fora por meses e, ao retornar, sofreu uma lesão no tendão que o afastará novamente por quatro a seis semanas.

Com um salário astronômico na Arábia Saudita, a ideia de trazê-lo para a MLS levanta preocupações. Para que qualquer clube na liga o contrate, seria necessário um contrato que o posicionasse entre os mais bem pagos, mas com seu histórico recente de lesões, seria esse um investimento viável?

Além disso, o uso de gramados artificiais em alguns estádios da MLS representa um fator de risco para um jogador com lesões recorrentes. Ele evitaria esses jogos? Estaria em condição física para o calendário exigente da liga, que inclui competições domésticas e internacionais? E quanto ao teto salarial – algum clube conseguiria arcar com essa contratação?

Neymar tem sido o ídolo da seleção brasileira por mais de uma década e é amplamente reconhecido como um dos grandes jogadores do século. No entanto, já faz algum tempo que ele não atua em sua melhor forma. Vale o risco? Essas são as questões que os dirigentes da MLS precisarão considerar ao avaliar a possível chegada do craque de 32 anos.

Fascinado por esportes americanos, Griezmann parece um candidato ideal para a MLS. Ele já declarou publicamente que deseja que o Atlético de Madrid seja seu "último clube" antes de se transferir para os Estados Unidos, e, após sua recente aposentadoria do futebol internacional com a França, essa possibilidade se torna ainda mais concreta.

Campeão da Copa do Mundo com a França em 2018, vice-campeão em 2022 e com duas terceiras colocações na Bola de Ouro, Griezmann é um atacante versátil, capaz de atuar tanto em uma dupla de ataque quanto como único atacante ou até mesmo como um número 10. Aos 33 anos, ele seria uma adição de peso para qualquer equipe da MLS que busque elevar o nível de seu ataque.

Não é comum ver um jogador expressar interesse público em atuar em outra liga enquanto ainda está sob contrato com um clube em outro país, o que abre uma oportunidade única para a MLS. Com seu contrato expirando em 2026, a questão é como viabilizar sua chegada antes disso e, claro, para onde ele iria. Los Angeles seria uma possibilidade, mas também não seria surpresa vê-lo no Sporting Kansas City, considerando sua recente troca de camisas autografadas com o quarterback dos Chiefs, Patrick Mahomes, em novembro passado.

A carreira de Griezmann, marcada por sucessos na França, Barcelona e Atlético de Madrid, também teve suas limitações: ele compartilhou os holofotes com grandes nomes. No Barcelona, ficou à sombra de Messi; no Atlético, dividiu o protagonismo com Joao Felix, Alvaro Morata e o próprio técnico Diego Simeone. Na seleção francesa, o talento constante de Griezmann nos últimos oito anos foi ofuscado pelo brilho de Mbappé e outras estrelas como Giroud e Pogba, que frequentemente dominavam as manchetes.

Esse histórico gera ceticismo sobre uma possível transferência do jogador de 33 anos para a MLS, já que, ao longo de sua carreira, ele nunca teve o mesmo apelo midiático de alguns de seus colegas. A questão não é sobre seu desempenho em campo, mas sobre sua capacidade de atrair fãs, vender camisetas e impulsionar a presença do clube a nível nacional.

Apesar de não haver dúvidas quanto ao seu talento e à contribuição que ele pode oferecer, será que Griezmann pode assumir o papel de rosto de uma franquia, com toda a expectativa e atenção que isso implica?

Com 390 aparições pelo Manchester City, Kevin De Bruyne acumulou 103 gols e 171 assistências em todas as competições. Ele foi eleito duas vezes Jogador do Ano na Inglaterra, conquistou a Uefa Champions League, venceu seis vezes a Premier League, cinco Copas da Liga Inglesa e duas Copas da Inglaterra desde sua chegada ao clube em 2015/16. Um currículo de peso, sem dúvidas.

De Bruyne se consolidou como o maior meio-campista ofensivo do mundo, ajudando a construir um dos setores mais dinâmicos e consistentes da Europa. Um vencedor serial com mentalidade de elite, ele é o tipo de jogador que qualquer clube sonha em ter.

Para uma equipe da MLS, como o San Diego FC, ele representaria uma peça-chave brilhante. Líder nato, criador incansável e jogador que transforma partidas com momentos de genialidade, De Bruyne tem todos os atributos para ser uma adição de impacto na liga.

Aos 33 anos, Kevin De Bruyne ainda mantém seu estilo incansável de cobrir todo o campo, mas, ao chegar à MLS aos 34, seu desgaste físico se torna uma questão relevante. Como meio-campista, ele já percorreu muitos quilômetros no sistema de posse intensa de Pep Guardiola, e essa carga começou a cobrar seu preço. Na temporada 2023/24, De Bruyne ficou fora por 127 dias devido a uma lesão no tendão e já acumula mais 47 dias de ausência em 2024/25 por problemas semelhantes – um sinal de alerta, especialmente para lesões recorrentes em jogadores dessa idade.

Mesmo sendo um dos talentos mais produtivos da atualidade, oferecendo gols, assistências e uma criatividade incomparável, De Bruyne não é uma figura de marketing chamativa. Fora do campo, ele é discreto, focado em sua família e em uma vida reservada. Se uma equipe da MLS quiser contar com ele, será fundamental priorizar seu impacto em campo em vez do apelo promocional – uma escolha que, sem dúvida, exige confiança em seu desempenho físico e técnico.