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Dor, orgulho e esperança: o sabor da prata para a seleção brasileira feminina nas Olimpíadas de Paris

Era difícil. Contra os Estados Unidos, sempre é. Mas havia motivos para acreditar que, desta vez, a seleção brasileira feminina conseguiria a sua tão sonhada revanche e a sua ainda mais sonhada medalha de ouro. A equipe treinada por Arthur Elias havia, afinal de contas, eliminado França e a Espanha nestas Olimpíadas. E fez isso sem depender exclusivamente de Marta. Mas não deu.

Quando há sonho e expectativa, uma medalha de prata nunca é saborosa logo de cara: vem logo depois de uma derrota, afinal de contas. Contra os Estados Unidos, o Brasil jogou muito bem no primeiro tempo e chegou a colocar as norte-americanas nas cordas – tivemos mais a bola e criamos mais chances. Faltou capricho na finalização, faltou um pouco de sorte em meio à grande exibição da goleira Alyssa Naeher. Mallory Swanson, no segundo tempo, fez o único gol da partida.

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    O baque de mais um "quase"

    Marta começou no banco de reservas e entrou no segundo tempo, com o Brasil já em desvantagem. No Parque dos Príncipes, que testemunhou muito provavelmente a última atuação da camisa 10 pelo Brasil em um grande torneio, a Rainha não conseguiu fazer muita coisa. Tentou, mas não deu certo.

    Marta simboliza toda a superação do futebol feminino e a qualidade e apelo que ele pode ter. Então é muito justo vê-la com mais uma medalha de prata no peito. Não é o final perfeito para sua história, mas é um final digno. Perder uma decisão nunca será bom, sorrir após um resultado destes nunca será normal.

    A dor de mais um “quase”, após um jogo em que o Brasil teve tantos “quase-gols” vai ficar. Assim como a seleção norte-americana, pela terceira vez algoz do Brasil em uma final olímpica, fica ainda mais atravessada na garganta. Mas desta vez, ao contrário de 2004 e 2008, vemos a modalidade dar passos seguros. E sem recuar.

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    Motivos para se orgulhar

    Mesmo durante os segundos após o apito final, já foi possível, também, sentir orgulho desta prata em Paris. O Brasil não vinha de grandes resultados quando chegou para esta edição dos Jogos Olímpicos e fez uma fase de grupos bem ruim, mas depois disso produziu épicos contra uma equipe forte da França, donas da casa, e ainda mais contra a atual campeã do mundo, a Espanha. Deu um calor e tanto para as americanas. Olhou no olho das melhores e mostrou que pode ganhar.

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    A esperança de sorrir no final

    Feitos como os que levaram a seleção brasileira até a final olímpica também entregam a esperança de que, sim, é possível enfim conquistar grandes títulos no futuro. Marta não estará mais lá, mas a medalha de prata apresentou ao país outras novas candidatas à idolatria.

    Tanto o currículo de Arthur Elias para comandar este projeto, quanto a noção de que enfim temos um time coeso, abrem espaço para a esperança seguir acesa. Em 2027 o Brasil recebe a próxima edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino: é continuar em busca do sonho.

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