Quique Setien Press ConferenceGetty

Setién tenta falar a mesma língua de Messi e apaziguar Barcelona

O técnico Quique Setién adotou um tom conciliador no Barcelona e chegou até a concordar com Lionel Messi quando o argentino disse, na última quinta-feira, que a equipe vai ser eliminada pelo Napoli na Champions League se continuar com um "desempenho tão fraco".

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O desabafo do camisa 10 aconteceu após a derrota por 2 a 1 para o Osasuña, em pleno Camp Nou, que enterrou de vez as chances de os catalães evitarem que o Real Madrid conquistasse La Liga. Neste domingo, o Barça visita o Alavés apenas para cumprir tabela na última rodada do torneio.  

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"É verdade que se jogarmos tão mal como nas últimas partidas evidentemente não vai dar para ganhar a partida. Mas também tivemos grandes momentos e se jogarmos assim podemos ganhá-la", contemporizou o treinador.

"Todos somos conscientes de que há muitas coisas a melhorar. Devemos ser mais consistentes e mais confiáveis, esta é a realidade. Mas se conseguirmos fazer uma partida como foi contra o Villarreal, quando tudo saiu bem, com certeza dá para nós ganharmos a Champions", acrescentou, citando a goleada por 4 a 1 sobre o Submarino Amarelo, no último dia 5.

Setién ainda falou que não se sentiu atacado por Messi quando o argentino detonou as atuações do time. "Todos dizemos coisas que são bem ou mal interpretadas, isso se vive rotineiramente. Não dou maior importância. Todos precisamos de um descanso, limpar nossa mente. A gente pensa neste sentido", afirmou.

O técnico também disse esperar que o Barça, mesmo sem mais chances de título, evolua contra o Alavés para ganhar confiança. "Pensando na partida da Europa, as sensações que vão ficar deste jogo precisam ser boas. O jogo de amanhã (domingo) é importante e devemos vencer para nos fortalecermos pensando no futuro". 

Saída descartada

Por falar em futuro, Setién disse que não pensa nem em perder o cargo e nem em pedir demissão. "Quando cheguei, falei que iria desfrutar até o último dia. Sigo desfrutando apesar das circunstâncias e jamais pensei que seria fácil. A derrota sempre é uma opção e é preciso superá-la. Não estou vivendo nada que já não vivi antes. Em nenhum momento tive vontade de sair. Sempre que chego a um lugar penso que vou ficar lá a vida toda, preparando para o futuro. Sigo sendo feliz e estou tremendamente satisfeito de ter esta oportunidade".

O técnico do Barça ainda explicou que sua reunião com o presidente Josep Maria Bartomeu na sexta-feira foi apenas para conversar sobre soluções que possam fazer as coisas melhorarem a curto prazo. E minimizou possíveis problemas no vestiário do clube. "Há situações que foram novas. Evidentemente esta equipe está ganhando títulos há 15 anos e sua gestão é diferente. Houve algumas situações difíceis de resolver, mas acho que isso é normal em um grupo como este", concluiu. 

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