O impacto de uma saída de Luís Suárez para o Grêmio em 2023

O impacto seria gigante, como costuma acontecer quando um time fica sem sua principal referência. Apesar de já veterano, mesmo aos 36 anos Luisito vem conseguindo fazer a diferença no ataque. É o artilheiro do Grêmio na temporada (16 gols) e principal garçom da equipe treinada por Renato Portaluppi (9 assistências). Suárez decide com gols, mas também aparece bem para ajudar a construir e criar chances para seus companheiros. Não à toa, o volume ofensivo gremista costuma ser um quando o camisa 9 está em campo e outro, inferior, em sua ausência.

No elenco atual do Grêmio, após a confirmação da saída de Vina, André Henrique tem sido o nome utilizado no comando de ataque na ausência de Suárez. Mas seria uma grande injustiça colocar nos ombros de um jovem de 21 anos, contratado junto ao Hercílio Luz após ter rápido destaque no Campeonato Catarinense, o peso de ser o protagonista do time – que, além de semifinalista da Copa do Brasil, ocupa a segunda posição no Campeonato Brasileiro.

O destaque do time sem Suárez tem sido Franco Cristaldo, meia. Ainda que alguma nova formação tática possa ser tentada caso Luisito rume para Miami, fica aberto no elenco gremista um espaço para um centroavante. Além do impacto pela parte técnica, os tricolores ainda não ficariam, hoje, com grandes opções para o comando do ataque. Em outras palavras: ficariam sem alguém para empurrar a bola para o fundo das redes e manter vivo os sonhos de conquistas.

Em meio à situação envolvendo o futuro de Luis Suárez, o Grêmio já começou a se mover pensando no pior. E sondou nomes como Alexis Sánchez e Falcao Garcia. O primeiro, chileno, tem 34 anos e vem de uma boa temporada pelo Olympique de Marseille, na França. Já o colombiano convive com lesões nos últimos anos, está ainda mais velho (37 anos) e os últimos anos pelo Rayo Vallecano, da Espanha, não inspiram muita confiança.

De qualquer forma, o ideal para o Grêmio, hoje, é ao menos tentar segurar Luisito até o final de 2023.