Richarlison dá um passo para assumir a 9 na Copa do Mundo: os vencedores e perdedores em Brasil 3 x 0 Gana

Richarlison

Se a disputa por uma vaga no ataque da seleção brasileira é um dos pontos mais discutidos, Richarlison voltou a dar mostras de que é um nome confiável para a Copa do Mundo. Atuando centralizado, mas sempre com mobilidade por outras partes do campo, o “Pombo” fez dois gols – o primeiro com finalização seca, o segundo de cabeça – e ainda teve um ótimo desempenho defensivo para pressionar os ganeses quando o Brasil ficava sem a bola.

Neymar

É chover no molhado falar coisas positivas sobre o desempenho de Neymar pelo Brasil, mas foram duas assistências para Richarlison e um grande conforto para jogar mais centralizado, como um clássico camisa 10. Aos 30 anos, com maior maturidade, Ney faz um dos seus melhores inícios de temporada da carreira e demonstrou isso contra Gana.

Marquinhos

Autor do primeiro gol do Brasil, Marquinhos voltou a mostrar uma de suas melhores (e mais conhecidas) características: o cabeceio. O zagueiro apareceu voando na área ganesa para completar o escanteio batido por Raphinha. Nesta Era Tite de seleção brasileira, foi o quarto tento de cabeça de Marquinhos – apenas Richarlison balançou tanto as redes pelo alto.

Lucas Paquetá

Bastante livre no meio-campo, o jogador do West Ham criou boas oportunidades durante todo o tempo em que esteve em campo. Demonstrou intensidade na transição, visão de jogo na construção de jogadas e criatividade para encontrar alternativas perto do gol.

Vinícius Júnior

Titular na ponta-esquerda, teve bom entendimento com Neymar e protagonizou boas jogadas agudas. Teve drible, teve boas tentativas... faltou só um gol ou assistência.

Pedro

É difícil encontrar pontos negativos após um jogo com tanto domínio sobre o adversário. A exibição brasileira contra Gana foi tão boa, que a impressão geral é de que ninguém comprometeu. Mas se existia a expectativa para ver Pedro jogando no ataque, ainda que por alguns minutos, o artilheiro do Flamengo não saiu do banco de reservas.

Matheus Cunha

Se Pedro não teve a chance de entrar em campo, Matheus Cunha conseguiu alguns minutos no ataque. O jogador do Atlético de Madrid entrou durante o segundo tempo, com a seleção já modificada por algumas alterações, e não conseguiu completar para o gol um cruzamento na pequena área. Suas chances podem diminuir.

Alisson (5/10): como não foi exigido, não cabe aqui dar uma nota abaixo da média e nem acima dela. O camisa 1 foi um mero figurante no amistoso.

Éder Militão (7/10): escalado na lateral-direita, o zagueiro mostrou que pode ser uma boa opção dentro das características que Tite deseja. O defensor passou segurança e conseguiu ajudar na construção das jogadas antes do meio-campo.

Thiago Silva (6/10): agora zagueiro com mais jogos disputados pelo Brasil, chegando a 108 partidas e superando o pentacampeão Lúcio, Thiago não teve grandes desafios, mas participou bem dentro do que o jogo lhe pediu.

Marquinhos (7/10): autor do gol que abriu caminho para a vitória, voltou a mostrar que é sempre uma boa opção ofensiva quando o assunto é bola aérea.

Alex Telles (5/10): não apareceu muito, mas também não comprometeu.

Lucas Paquetá (7,5/10): motorzinho do time, Paquetá parecia ser dois ou três em campo. Desarmou, criou, finalizou... só ficou faltando um gol.

Casemiro (6/10): protetor da zaga, o agora jogador do Manchester United não teve grande trabalho defensivo mas ajudou nas transições para o ataque. Sem grande protagonismo, muito mais como uma boa engrenagem da máquina armada por Tite.

Vinícius Júnior (7/10): a boa notícia na atuação de Vini foi não ter “batido cabeça” com Neymar na ponta-esquerda. Longe disso! Tentou chamar para si o jogo perto da área, distribuiu bons passes e quase deu uma bela assistência para Lucas Paquetá ainda no primeiro tempo.

Raphinha (6,5/10): o ponta-direita desperdiçou um gol, ainda no primeiro tempo, daqueles que não se pode perder. Mas, com categoria, bateu o escanteio que encontrou a cabeça de Marquinhos no primeiro gol do Brasil.

Neymar (8/10): um dos melhores em campo, Ney esteve à vontade no papel de criador mais centralizado. Tentou marcar o seu gol, mas se não conseguiu balançar as redes o camisa 10 mostrou outra faceta decisiva: as assistências. Neymar deu os passes para os dois gols de Richarlison, um com a bola rolando e outra ao levantar bola na área em cobrança de falta.

Richarlison (8/10): incansável na marcação aos adversários quando não tinha a bola, Richarlison agarrou com força a oportunidade de vestir a camisa 9. O atacante fez o segundo e terceiro gol e mostrou ótima movimentação pelo campo.

Bremer (5/10): entrou no lugar de Thiago Silva e manteve o cenário do jogo.

Fabinho (5/10): entrou no lugar de Casemiro e também manteve a média do que vinha acontecendo.

Antony (6/10): mostrou a habilidade para dribles em espaço curtos e buscou participar bem das jogadas de ataque.

Matheus Cunha (4/10): substituiu Richarlison e não conseguiu alcançar um cruzamento perigoso desferido por Lucas Paquetá.

Rodrygo e Everton Ribeiro (sem nota): entraram já nos minutos finais da partida.

Tite (8/10): o técnico tirou boas impressões da mudança para o 4-4-2 mais ofensivo, segue com ótimo aproveitamento e vê a seleção jogar um bom futebol.