Argentina x Uruguai: os 10 jogos mais marcantes do Clássico do Rio da Prata

Em Montevidéu, Argentina e Uruguai disputaram o primeiro jogo de seleções fora das Ilhas Britânicas na história do futebol. A vitória foi da Albiceleste, por 3 a 2. Então, nas primeiras décadas do século XX, a Celeste se vingaria com os títulos nas duas primeiras edições da Copa América, em 1916 e 1917, deixando seu maior rival em segundo lugar.

O primeiro grande confronto entre ambos ocorreu na final dos Jogos Olímpicos de Amsterdã, o torneio de seleções mais importante da época. Após empatarem em 1 a 1 no dia 10 de junho, três dias depois, Argentina e Uruguai se enfrentaram novamente: a Celeste venceu por 2 a 1, com gols de Figueroa e Scarone (Monti descontou), e manteve a medalha de ouro conquistada quatro anos antes, em Paris.

A revanche da final olímpica aconteceria dois anos depois, na definição da primeira Copa do Mundo. E a vitória novamente seria para o Uruguai, que, apesar de ir para o intervalo perdendo por 2 a 1, virou o jogo no segundo tempo e venceu por 4 a 2, no Estádio Centenário.

A maior goleada entre os dois em um jogo válido por pontos ocorreu na Copa América do Chile, em que a Argentina triunfou de forma convincente, por 6 a 1. Quatro anos depois, no Equador, o Uruguai se vingaria com um incontestável 5 a 0.

O Clássico do Rio da Prata teve que esperar 56 anos para ser disputado novamente em uma Copa do Mundo. E desta vez a vitória foi para a Argentina, que, nas oitavas de final da Copa do Mundo no México, venceu por 1 a 0, com gol de Pedro Pasculli, e começou a se encaminhar para o título.

Apesar de serem os dois países com mais títulos na história do torneio, Argentina e Uruguai nunca chegaram a disputar uma final de Copa América. A ocasião mais próxima ocorreu na edição de 1987, quando a Celeste conquistou vitória simples, por 1 a 0, nas semifinais - Antonio Alzamendi guardou -, em pleno solo argentino.

Um Clássico no Centenário lembrado não por um bom futebol, mas sim pela falta dele. Na última rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002, com a Argentina já classificada, o Uruguai precisava de um empate para garantir uma vaga na repescagem. Em um jogo em que ambas as equipes mostraram uma vontade ofensiva muito limitada, o empate em 1 a 1, com gols de Darío Silva e Claudio López, deixou ambas as equipes satisfeitas.

Ao longo da história, o Clássico do Rio da Prata foi disputado amistosamente em 146 ocasiões. No entanto, apenas uma vez o encontro ocorreu fora do território de um dos dois países: em 2003, a Argentina venceu por 3 a 2 em Florença, na Itália, com gols de Verón, Samuel e D'Alessandro - Chevantón e Ligüera marcaram para o Uruguai.

Na última rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, a Argentina venceu por 1 a 0 no Centenário, com um gol de Mario Bolatti e garantiu sua vaga na Copa do Mundo. Nas celebrações, Diego Maradona, técnico da Albiceleste, deixou uma de suas muitas frases para a história: "Que la sigan chupando".

O último confronto em mata-mata entre as nações ocorreu nas quartas de final da Copa América na Argentina e, assim como em 1987, terminou com a vitória do Uruguai: após o empate em 1 a 1 no tempo regulamentar, a Celeste venceu por 5 a 4 nos pênaltis. Foi a única decisão por pênaltis na história do Clássico do Rio da Prata.