Luis Enrique simplesmente não resistiu. Foi-lhe entregue, em termos jornalísticos, a pergunta mais fácil possível: Kylian Mbappé é o melhor jogador do mundo? Um simples “sim”, ou talvez um mais controverso “não exatamente” teria sido suficiente. Foi, efetivamente, uma oportunidade para elogiar seu astro.
E como ele não poderia? Mbappé tinha acabado de marcar três gols contra o Reims, liderando os parisienses no que deveria ter sido uma partida complicada com relativa facilidade para garantir que eles chegassem ao intervalo internacional na liderança da Ligue 1.
Seu técnico, porém, tinha uma visão diferente : "Hoje não estou muito feliz com Kylian. Por quê? Porque os dirigentes são muito estranhos. Sobre os gols, não preciso falar nada, mas acho que ele pode ajudar mais o time. de uma maneira diferente. Eu disse isso a ele primeiro (antes de você) porque não é uma conversa privada. Achamos que Kylian é um dos melhores jogadores do mundo. Sem dúvida. Mas precisamos de mais e queremos que ele faça mais coisas."
Isoladamente, com qualquer outro clube, e talvez até com qualquer outro jogador de Paris, os comentários de Luis Enrique seriam razoáveis. Mas este não é um clube normal nem um jogador normal. Resumindo, Luis Enrique brigou com o cara errado. Mbappé pode, a qualquer momento, decidir sair. Os comentários já intensificaram os relatos sobre o futuro do francês, provocando rumores de uma possível transferência para outro lugar na próxima janela, e embora este circo fosse sempre reabrir, o treinador do PSG poderia ter começado a vender ingressos antes que alguém estivesse pronto.