Botafogo vai construir um novo estádio na Barra da Tijuca?

Crescem os rumores sobre a construção de um segundo estádio do Botafogo, com capacidade para até 30 mil torcedores, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. A especulação ganhou força após a informação de que John Textor, dono da SAF alvinegra, teria fechado a compra de um terreno no local por até R$ 100 milhões. O clube, no entanto, nega que a aquisição tenha sido concretizada e afirma que o projeto segue em fase embrionária.

A possível nova arena nasceu de um impasse: John Textor gostaria de reformar o Nilton Santos, atual estádio do clube, retirando a pista de atletismo, mas esbarrou nas limitações impostas pela Prefeitura do Rio, já que o espaço pertence ao município. Por isso, desde o ano passado, o clube estuda alternativas para construir um estádio mais moderno, menor e próprio, com perfil europeu e estrutura multifuncional. A localização cogitada é na região do Rio dos Passarinhos, próxima ao Parque Olímpico.

Thairo Arruda, CEO da SAF do Botafogo, disse ao site FogãoNET

"Desde o ano passado estamos avaliando terrenos e condições, não há nada de novo. Não adquirimos terreno algum, não trocamos papéis com a Prefeitura e não definimos o local. Entendo a ansiedade de todos com o tema, mas é algo muito embrionário ainda."

A ideia do novo estádio é inspirada em modelos como o Selhurst Park, do Crystal Palace, e o Estádio 974, do Catar — este último construído com estrutura modular. O projeto prevê arquibancadas coladas ao campo, sem pista de atletismo, fachada preta com escudos do clube e até um hotel ao lado, para gerar receitas extras. Além de alguns jogos do time principal, a arena seria a nova casa do futebol feminino e das categorias de base.

Ainda que o clube negue a compra oficial do terreno, o projeto está no radar da gestão alvinegra e pode se consolidar nos próximos anos. A expectativa é que, uma vez aprovado e iniciado, o estádio leve de dois a três anos para ser finalizado. O Nilton Santos, por sua vez, continuará sendo a principal casa para partidas com maior público e segue sob concessão do Botafogo até 2051. Se sair do papel, a nova arena pode representar um salto de estrutura e arrecadação para o Glorioso.