"Esse é um momento de puro futebol português. Esse é um exemplo que deveria ser mostrado em todas as academias de base em Portugal e no mundo do futebol: o time é a coisa mais importante. Aquela assistência provavelmente significa mais do que marcar qualquer gol".
Roberto Martínez, técnico da seleção portuguesa, dificilmente poderia ter sido mais efusivo em seus elogios a Cristiano Ronaldo depois de ver o atacante de Portugal dar o passe para Bruno Fernandes marcar contra a Turquia, ainda na fase de grupos da Euro 2024. Martínez descreveu o passe de Ronaldo na área como "espetacular", deixando Fernandes com a simples tarefa de empurrar para o gol vazio.
É possível que o treinador estivesse tentando tirar o foco do fato de que Ronaldo optou por tocar a bola ao invés de ele mesmo finalizar em um um-contra-um com o goleiro turco, Altay Bayindir. Foi o tipo de chance que Cristiano, em seu auge, teria finalizado sem piedade.
Ronaldo, ao invés disso, agora tem o maior número de assistências na história da Eurocopa, mesmo que os gols sempre tenham sido sua motivação. Foi surpreendente vê-lo tocar para Bruno Fernandes em vez de arriscar para o gol.
Essa apreensão indica que, pela primeira vez, talvez ele tenha se questionado. Isso, claro, sem falar da incrível derrota para a Geórgia, na última rodada da fase de grupos. Ronaldo teve suas chances, é verdade, mas ficou marcado por sua irritação - compartilhada com todos os seus colegas de equipe - com a arbitragem.
Tudo isso é compreensível para um jogador que agora se aproxima dos 40 anos. O problema é que Martínez ainda insiste que Ronaldo seja o principal jogador de Portugal, ignorando completamente todos os sinais que sugerem que ele não está mais à altura dessa tarefa.
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