Zinedine Zidane dominou como poucos a arte de ler uma jogada antes mesmo de ter a bola nos pés. Agora, com a mesma maestria, resolveu encerrar a passagem altamente vitoriosa como treinador do Real Madrid. Mais uma "jogada" antecipada com puro talento.
Parar não é fácil. Parar por cima é ainda mais complicado. O francês, no entanto, tirou de letra a (surpreendente) decisão e, assim, afastou eventuais críticas no futuro próximo. Com o bom e velho toque sutil, também não deu chance à vaidade e saiu por cima.
Hoje, olhar para Zidane é ver um ídolo indiscutível como jogador e técnico. Uma verdadeira entidade do futebol e, acima de tudo, do clube merengue. Ao todo, são quatro títulos da Liga dos Campeões. Não há mais margem para desconfiança.
Conquistou tudo o que tinha que conquistar e, depois de três temporadas, preferiu não sentar no comodismo. Aparentemente nunca o teria feito, aliás. Seguir no Real era muito fácil. Mas por que optar pela facilidade se existe qualidade de sobra para driblar o que vem pela frente?
A genialidade anda de mãos dadas com a vitória. No caso raro de Zidane, o caminho até o momento percorrido é feito agarrado e com muito amor.