Honda become the head coach and manager of Cambodia national team.

Se vocês acham que R10 é o mago do rolê aleatório, vocês não conhecem Keisuke Honda

Um dos memes que mais circulam nas redes sociais nas últimas semanas é o de Ronaldinho Gaúcho, o mestre do rolê aleatório. O Bruxo de fato é um mago nesta arte e nosso ídolo eterno, mas existe alguém que, acredite, consegue superar um dos maiores, melhores e mais carismáticos jogadores da história do futebol neste quesito.

Estamos falando de Keisuke Honda. Sim, um dos grandes nomes do Japão nas últimas três Copas do Mundo, que brilhou especialmente em 2010 e 2018, quando os Samurais Blues igualaram 2002 chegando nas oitavas de final e vivendo as melhores campanhas de sua história em Mundiais. O meia ainda ganhou a Copa da Ásia em 2011 por seu país, sendo eleito o craque da competição.

Keisuke Honda JapanGetty

Não acredita? Vamos lá...

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Depois de começar sua carreira como profissional no Nagoya Grampus e brilhar nas seleções de base do Japão, Honda se transferiu para o modesto VVV Venlo, e explodiu na segunda divisão da Holanda em 2008/09. Com 16 gols em 36 jogos na segundona, o meia foi eleito o craque do campeonato, sendo fundamental na volta de seu time para a Eredivisie com o título.

Keisuke Honda signs with VVV VenloGetty

Chamado de Imperador Keisuke pelos fãs, Honda seguiu jogando demais na elite holandesa e no meio da temporada foi para o CSKA Moscow, onde, em quatro anos, ganhou um título da Russian Premier League, duas Copas e uma Supercopa da Rússia.

Já em 2013, o japonês foi vestir a camisa 10 do Milan, que tentou sua contratação várias vezes ao longo de suas quatro temporadas na Rússia.

Nos Rossoneri, Honda foi decepcionante no geral. Teve altos e baixos e, em uma das piores fases do clube na história, conquistou apenas a Supercopa Italiana em 2016, saindo de San Siro sem deixar saudades.

2018-05-05 2014 Honda milanGetty ImagesKeisuke Honda Milan Serie A 2016-17Getty2017-05-21 Milan Keisuke HondaGetty Images

Até aí, a carreira do craque japonês tinha algumas peculiaridades, mas nada tão extravagante assim, você deve estar pensando. Bem, enquanto vestia a camisa 10 do Milan, Honda se tornou dono do SV Horn, um pequeno clube austríaco. Já em 2017, o nipônico trocou a 10 dos Rossoneri pelo número 2 do... Pachuca.

O meia saiu da Itália para jogar no México. E calma que fica ainda mais alternativo.

Depois de um começo sonolento na América Latina, Honda arrebentou na metade final de sua passagem pelo Pachuca. Teve boas atuações no Mundial de Clubes e foi o grande nome do time no Clausura Mexicano, sendo o artilheiro da equipe com sete gols e ainda dando sete assistências no torneio, além de outros três tentos e uma assistência na Copa MX.

2018-05-05 Honda Keisuke PachucaGetty Images(Fotos: Getty Images)

Após a ótima temporada no México, Honda disputou a Copa do Mundo na Rússia e, ao invés de seguir no México ou voltar para o futebol europeu, se transferiu para a Austrália, onde irá defender o Melbourne Victory.

E melhora: uma semana depois de ser anunciado como reforço do time australiano, o meia assinou contrato de dois anos para ser técnico e também General Manager da seleção do Camboja. 

Sim. Honda, ao mesmo tempo, será jogador de um time da Austrália, técnico do Camboja e dono de um time da Áustria.

Honda become the head coach and manager of Cambodia national team.

O japonês, de 32 anos, já tem escolinhas de futebol no país e não vai receber salário, tendo apenas as despesas de viagem custeadas. O desejo do craque é ajudar o Camboja a se desenvolver no esporte. 

O Melbourne Victory garantiu que o clube estava ciente das negociações de Honda para ser treinador do Camboja e que ele não perderá partidas da A-League por conta disso e será liberado para viajar durante as datas Fifa. No entanto, ainda não se sabe como o japonês vai treinar sua seleção, que ocupa o 166º lugar do ranking da Fifa.

Difícil ser mais alternativo que isso.

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