Sandro Meira Ricci Copa do Mundo 2018Getty Images

Sandro Meira Ricci admite erro com o VAR na Copa, e revela orientações da Fifa

A utilização do VAR, como ficou convencionado se referir ao árbitro auxiliar de vídeo, foi um dos grandes assuntos na Copa do Mundo de 2018, realizada na Rússia e vencida pela seleção francesa.

O uso da tecnologia foi bem visto, mas também deixou claro que não é a solução final para acabar com erros – e sim, diminuí-los. E por ser uma ferramenta nova, árbitros ainda estão se adaptando à nova realidade. Isso ficou evidente nas palavras do brasileiro Sandro Meira Ricci, que revelou ter se arrependido de um lance específico enquanto estava como auxiliar de vídeo.

Durante entrevista ao programa ‘Seleção SporTV’, o árbitro relembrou um lance de pênalti não marcado no jogo entre Tunísia e Inglaterra, ainda na fase de grupos: “Estou bem à vontade, porque criticar o meu lance é mais fácil. Houve um agarrão do defensor da Tunísia no Kane. A primeira sensação que tive foi de pênalti, aí você busca um melhor ângulo e às vezes não é necessário buscar", afirmou.

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“Eu deveria ter chamado imediatamente o árbitro (Wilmar Rondán Perez). Quando eu fui ver o lance no jogo entre Inglaterra e Tunísia, em vez de checar o que eu já tinha visto, eu busquei imagem que permitisse que apoiasse a decisão do árbitro. Foi quando encontrei um braço do Kane e foi aquilo que me deu a chance de apoiar o árbitro, mas foi um equívoco, foi um pênalti claro. Foi um dos três erros da primeira fase reconhecido pela Fifa", explicou.

Sandro Meira Ricci Copa do Mundo 2018Getty Images(Foto: Getty Images)

Sandro Meira Ricci também explicou algumas das orientações mais importantes, como “não se ater a pequenos lances” e revelou que a orientação inicial pedia o uso do VAR apenas para evitar “erros absurdos”. No entanto, “a Fifa começou a mudar pra dar a a oportunidade do árbitro de olhar pela segunda vez o lance”.

GFX Gabriel Jesus Kompany Brasil Bélgica Copa do Mundo 26 07 2018

O árbitro também disse que, em sua opinião, o lance envolvendo Gabriel Jesus e o zagueiro belga Vincent Kompany deveria ter sido pênalti – o que poderia mudar o jogo, vencido por 2 a 1 pelos europeus, que eliminaram a equipe de Tite nas quartas de final. Por fim, Meira Ricci defendeu o uso do VAR no Brasileirão, com os custos bancados pela CBF.

"A CBF teve lucro ano passado de R$ 50 milhões e tem no caixa R$ 300 milhões", pontuou. "Eu não entendo por que ter esse lucro e não investir no árbitro de vídeo", completou.

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