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Vinicius Jr Florentino Pérez Real MadridGetty Images

Real Madrid 2018-19 pode se inspirar na primeira ressaca pós-domínio europeu

Header Tauan Ambrosio

O Real Madrid vive um momento de transição, não há dúvidas sobre isso. Cristiano Ronaldo e Zinedine Zidane, respectivamente grande craque e treinador que foram dos maiores símbolos do tri-consecutivo na Champions League, deixaram o Bernabéu e o presidente Florentino Pérez já foi a público para dizer que o clube vai apostar nos atletas mais jovens.

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Enquanto a temporada europeia não começa, são muitas as perguntas sobre como vai se comportar este novo Real Madrid – sem CR7 e com Julen Lopetegui no comando. E enquanto as respostas não chegam, um exercício interessante é relembrar como foram os anos madridistas logo após um período de grande domínio. A curiosidade é que um dos triunfos mais improváveis, e menos relembrados, veio justamente quando se apostou nos mais jovens.

O melhor Real Madrid da história encontrava o seu fim em 1964, quando Di Stefano deixou o clube brigado com diretoria e comissão técnica após a derrota na decisão da Copa dos Campeões da Europa (atual Champions League) para a Internazionale de Milão. A equipe italiana revalidaria o seu triunfo em 1965, mas com um elenco absolutamente espanhol e renovado – ao contrário do time globalizado que enfileirou cinco taças europeias entre 55 e 60 – os merengues demonstraram que ainda poderiam dominar o continente.

Cristiano Ronaldo Juventus Real Madrid 25 07 2018Saída de CR7 marcou o fim de uma era (Foto: Getty Images)

E chegaram na decisão de 1966 justamente após eliminarem a Inter na semifinal. O título veio com vitória por 2 a 0 sobre o Partizan de Belgrado, gols de Amancio e Fernando Serena. Gento, ponta-esquerda rapidíssimo, era o único remanescente do elenco que havia estabelecido a maior sequência de títulos continentais até hoje. E segue, com seis troféus levantados, como jogador que mais vezes foi campeão do principal torneio da Europa.

Real Madrid Partizan 1966 25 07 2018Getty ImagesA final europeia de 1966, contra o Partizan (Foto: Getty Images)

“Nós vínhamos de uma época de esplendor, e jogadores famosos, para um time com cinco jogadores das categorias de base, dois que vieram da segunda divisão e todos nós espanhóis. E conseguimos ser campeões europeus”, relembra Amancio, no livro ‘Fear and Loathing in La Liga', escrito pelo jornalista Sid Lowe.

Evidente que imaginar uma equipe europeia composta apenas por jogadores de uma só nacionalidade, atualmente, beira o impossível. E ainda que Zidane e CR7 tenham saído, muitos dos jogadores importantes nos quatro títulos de Champions conquistados nestes cinco anos ainda estão por lá. Mas ao menos o torcedor madridista tem motivos para acreditar que o futuro pode lhe reservar grandes conquistas mesmo após o final do melhor período do Real no futebol moderno.

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