O Atlético de Madrid parecia fazer uma temporada promissora logo no início, quando superou o Real Madrid na Supercopa da Europa por 4 a 2. Depois de nove meses, no entanto, a frustração parece ser o único prêmio reservado aos Colchoneros .
A equipe foi derrotada na manhã desse sábado por 3 a 0 contra o Espanyol e colocou a vice-liderança de La Liga em ameaça de ser perdida justamente para o Real. Os Merengues ocupam o terceiro lugar, com 65 pontos, nove a menos que os Rojiblancos , que ainda entram em campo nessa jornada e podem diminuir ou até acabar com a diferença até o fim do campeonato.
O planejamento traçado pela cúpula do Atleti era ousado. A contratação de Thomas Lemar e, principalmente, a permanência de Antoine Griezmann diante do assédio do Barcelona deram esperanças aos torcedores de que o ano seria positivo. A manutenção dos veteranos considerados pilares do time, como Diego Costa, Filipe Luís e Diego Godín também era tido como um ponto positivo.
O que parecia ser a temporada dos sonhos se tornou pesadelo. O retorno à final da Champions League foi adiado mais uma vez, graças a um Cristiano Ronaldo inspirado com a camisa da Juventus. O título da Copa do Rei passou longe de ser realidade com a eliminação nas oitavas de final contra o Girona e, com o Barcelona dominante, o vice em La Liga é a única esperança que resta.
A renovação contratual de alguns dos atletas importantes do elenco, como o próprio Godín, de 33 anos e Filipe Luís, que completará 34 em agosto, se tornam incógnitas, já que a política de manutenção do plantel se baseia em não depender de jogadores com idade muito avançada.
Ao longo dos meses, restam mais perguntas que respostas em relação ao time. Será que Griezmann deveria ter sido vendido? Simeone consegue fazer a equipe jogar mais? Os veteranos ainda conseguem ser decisivos e relevantes?
A única certeza que resta é a de que a intertemporada do Atleti será importante para estabelecer a continuidade do projeto atual ou a definição de novos parâmetros.
