Depois de Jorge Jesus, o Brasil tem um novo "Mister" no futebol. Ao falar pela primeira vez como jogador do São Paulo, Eder se referiu a Hernán Crespo, mais de uma vez, como Mister.
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O tratamento, não muito comum por aqui, é padrão em alguns países da Europa, como a Itália, onde o reforço tricolor passou boa parte da carreira, e em Portugal, do ex-Flamengo.
Quando chegou ao Brasil, Jorge Jesus foi chamado por seu sobrenome, como é comum por aqui - Luxemburgo e Mancini são dois exemplos -, e também na Europa, onde jogadores não costumam usar o primeiro nome em suas camisas. O português, porém, logo pediu para ser tratado de maneira diferente: "Jesus, não. Meu nome é Jorge, mas pode me chamar de Mister".
Durante sua passagem pelo Flamengo, então, Jorge Jesus era chamado sempre de "Mister", conforme pediu. Desde que ele deixou o Rubro-Negro, Abel Ferreira, outro português, foi apresentado no Palmeiras e os jogadores passaram a chamá-lo da mesma maneira. E agora, mais uma vez vez o brasileiro ouviu "Mister".
O atacante Eder, novo reforço do São Paulo, foi apresentado oficialmente pelo Tricolor nesta quarta-feira (31) e, em mais de uma oportunidade em sua primeira entrevista, chamou Hernán Crespo de "Mister Crespo". Assim como em Portugal, na Itália, onde o jogador passou a maior parte de sua carreira, este tratamento é comum aos treinadores.
Mas, afinal, por que os treinadores são chamados de Mister?
Além de Portugal e Itália, em outros países europeus, como a Espanha, é costume que os jogadores chamem seus treinadores de "Mister", tanto é que quando surgiu o apelido de Jesus, se falou que os atletas com passagens pelo Velho Continente se adaptariam mais facilmente ao tratamento pedido.
Este costume vem lá de trás, quando o futebol começou a se espalhar pela Europa. Por ter sido criado na Inglaterra, muitos dos costumes ingleses se espalharam pelo esporte, além de que, no início, os principais treinadores também eram ingleses e chamá-los de "Mister" (senhor, em inglês) era sinal de respeito à sua autoridade.
O tempo passou e, hoje em dia, o tratamento por "Mister" é mais um costume do que uma regra, e diversos países têm isso como padrão.
