A seleção do Irã chega para a Copa do Mundo da Rússia em uma posição inédita em sua história: além de ter sido a primeira vez que o país consegue participar consecutivamente do torneio, garantiu sua vaga com a melhor campanha dentre as equipes asiáticas.
Esta é a quinta participação do Irã em Mundiais, e o ‘Team melli’, como é chamado pelos seus torcedores, nunca apareceu com grande destaque nos torneios. Na verdade, em 12 jogos eles somam apenas uma vitória.
Mas foi uma que está na história dos mundiais. Não pela qualidade nos gramados, mas pelo que aquele encontro contra os Estados Unidos representava na esfera geopolítica. Inimigos desde 1979, eles se enfrentavam agora em praça esportiva pelo Grupo F da Copa do Mundo de 1998.
Getty Images(Foto: Getty Images)
Antes do apito inicial, os jogadores deram uma lição de cordialidade: trocaram flores e posaram juntos para uma foto. Os iranianos venceram por 2 a 1, gols de Hamid Estili e Mehdi Mahdavikia. Brian McBride descontou no finalzinho, mas não foi o bastante. Pela única vez em sua história de Copas, o Irã não terminou na última posição de seu grupo, e ainda conseguiu a sua vitória. Pode parecer pouco (e é!), mas o peso deste jogo específico é maior do que meros três pontos.
A campanha de 1998, quando a seleção finalizou em 12º lugar, foi a melhor da história iraniana em Copas. A pior foi em sua primeira participação: em 1978, foram três jogos, duas derrotas e oito gols sofridos.
O Irã corre sérios riscos de ficar, mais uma vez, na última posição de seu grupo. Afinal de contas, estará na mesma chave que Portugal e Espanha. Mas o duelo contra o Marrocos pode estabelecer um marco histórico sob o ponto de vista de resultados em Mundiais... até porque dificilmente os iranianos terão uma vitória mais importante e relevante quanto aquela sobre os EUA em Copas do Mundo.
