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Momentos Campeões: Superando o cansaço, Croácia surpreende o mundo e chega a sua primeira final

Alguém imaginava no dia 3 de junho, no primeiro dos dois amistosos antes do Mundial, que o Brasil havia vencido por 2 a 0, o finalista da Copa do Mundo? Pois é, a Croácia, que até impôs alguma dificuldade ao time de Tite, tem surpreendido o mundo nas últimas semanas e estará frente a frente com a França na decisão do próximo domingo (15), em Moscou, ao meio-dia (de Brasília).
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Mais do que exibir um grande futebol, os croatas liderados pelo técnico Zlatko Dalić transformaram a Copa numa grande prova de resistência. O time chegou à final após passar por três prorrogações, duas delas vencidas nos pênaltis. Levando a conta somente os tempos extras, a Croácia alcançou a decisão com uma partida a mais que qualquer outra seleção na história.
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(Foto: Getty Images)

Uma das nações que surgiram com o desmembramento da Iugoslávia, em 1993, a Croácia está longe de ser um time tradicional nos mundiais. O grande momento da camisa xadrez até então havia sido em 1998, na sua primeira participação em Copas. Ela chegou à semifinal, em que acabou derrotada pela mesma França que encontrará na decisão 20 anos depois. Em todas as outras três Copas que disputou até aqui, não havia conseguido passar da fase de grupos.

E por pouco não ficou de fora da atual edição. Ela garantiu vaga somente na repescagem, contra a Grécia. No sorteio, foi privilegiada por um grupo considerado tranquilo, com Argentina, Islândia e Nigéria.

Foi justamente no confronto contra a seleção mais tradicional que a Croácia começou a chamar a atenção, ao vencer os argentinos com autoridade por 3 a 0 e garantindo a liderança no grupo.

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(Foto: Clive Brunskill/Getty Images)

O primeiro lugar deixou a Croácia numa chave que chegou a ser considerada a “série B da Copa”, com apenas dois campeões mundiais na disputa. Mas o desafio não foi tranquilo para os croatas. O time contou como ótimo desempenho do goleiro Subasic e do meia Rakitic para superar a Dinamarca e a Rússia nas penalidades.

Na semifinal contra a Inglaterra, Perisic e Mandzukic foram os heróis de uma dura vitória por 2 a 1 conquistada no tempo extra.

Se falta tradição à Croácia, sobra esforço e talento aos seus jogadores, acostumados a grandes desafios pelos times que atuam na Europa. Modric e Rakitic atuam numa sintonia tão perfeita no meio-campo que nem parece que são rivais nos clubes que defendem na Espanha. O mesmo vale para a dupla Mandzukic e Perisic, que somaram forças apesar da rivalidade entre Juventus e Inter na Itália.

É na base da união e da superação que a Croácia tentará se vingar da eliminação de 1998 e escrever seu nome na história, alcançando um feito que seleções tradicionais, como Holanda e Portugal, nunca conseguiram: entrar no seleto grupo dos campeões mundiais.

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