Após 32 dias, 64 jogos, 169 gols e uma França bicampeã mundial, chegou ao fim no último domingo (15) a Copa do Mundo da Rússia. Para a história, fica um dos mundiais com o maior número de gols na história, a implementação do VAR no maior palco do futebol e a ascensão de uma nova geração de atletas, que promete ditar os rumos do esporte na próxima década.
Quem teve mais sucesso nesta estratégia foi a Inglaterra, que marcou nove dos seus 12 gols em jogadas assim. Cinco dos seis gols de Harry Kane, o artilheiro do Mundial, também nasceram de bola parada. Três foram de pênalti.
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A Inglaterra também foi responsável pela jogada ensaiada mais curiosa da Copa, o “trenzinho do escanteio”, em que os jogadores trocam a tradicional bagunça e troca de cotoveladas por uma fila organizada na área, inspirada em jogadas da NBA e da NFL. A novidade resultou em seis gols ingleses, cinco de cabeça.
Também foi a Copa do árbitro de vídeo. A principal novidade do Mundial foi responsável pela mudança de 17 decisões dos árbitros. A última delas foi justamente na final, quando foi marcado um pênalti para a França após toque de mão na área de Perisic.
Queda de gigantes, e de Neymar
A Rússia também presenciou a queda precoce de gigantes. O maior vexame ficou para a Alemanha, eliminada na fase de grupos com apenas uma vitória. Nas oitavas foi a vez da Espanha de Iniesta, a Argentina de Lionel Messi e o Portugal de Cristiano Ronaldo ficarem pelo caminho.
No caso do Brasil, a queda veio nas quartas de final. Para a equipe canarinho, o mundial ficou marcado pelo domínio belga no primeiro tempo do jogo final e as brincadeiras feitas com os exageros de Neymar ao sofrer faltas.
O craque brasileiro, com apenas dois gols na competição, acabou deixando a Rússia com a impressão de ainda não ser maduro o suficiente para liderar o Brasil ao hexa, apesar dos seus 26 anos.
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A Copa também provou que o clichê de ‘camisa pesa’ não é mais uma verdade absoluta no futebol, como mostrou a terceira colocada Bélgica vice-campeã Croácia. Os croatas provaram a sua força ao chegar na final apesar de jogarem três prorrogações em sequência. Modric, o maestro incansável da equipe, foi eleito o melhor jogador da competição
O Mundial de 2018 acima de tudo será lembrado pela jovem geração que levou a França ao bicampeonato. A segunda equipe mais jovem a desembarcar na Rússia, com média de idade de 26 anos, levantou a taça ao misturar um futebol de segurança defensiva com alta velocidade na hora de atacar.
A principal estrela desse time, Kylian Mbappé, 19 anos, sequer era nascido quando os Bleus conquistaram o primeiro Mundial em 1998, mas que brilhou nesta Copa com quatro gols e o prêmio de revelação do torneio. Foi dele o último gol na vitória francesa por 4 a 2 na final diante da Croácia.
A Copa do VAR, da bola parada e das jovens gerações também pode ser a última do modelo tradicional de Mundial. A próxima edição, em 2022, no Catar, será disputada em novembro, o que marca a primeira vez na história em que o torneio não será realizado no meio do ano.
A Fifa também estuda já utilizar sistema de 48 seleções, certo para 2026, no Oriente Médio. A mudança marcaria o fim do sistema de 32 equipes, adotado desde 1998.