Fred Cruzeiro 2019Miguel Schincariol/Getty

Fred pode voltar para o Cruzeiro logo após retornar ao Fluminense?

Nesta quarta-feira (15) tivemos mais um capítulo da novela envolvendo Fred e o Cruzeiro. Agora, o clube mineiro entrou com um pedido para que o contrato com o jogador seja retomado até que a discussão judicial se esgote.

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Depois de ser rebaixado com o Cruzeiro em 2019, Fred entrou com uma ação contra o clube na justiça do trabalho, pedindo rescisão indireta do contrato, alegando falta de pagamento de seus direitos durante o um ano que ficou na Toca Raposa. Com isso, o centroavante conseguiu uma medida cautelar que o permitiu assinar com o Fluminense, clube que defende hoje.

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Considerando os pedidos de Fred  "genéricos e sucintos", o Cruzeiro entrou com uma contestação na 1ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, pedindo a queda da medida cautelar e a revalidação do contrato com o jogador.

O pedido do clube alega que o argumento de Fred para a medida cautelar não está mais em vigência na atual legislação e que, portanto, é inválido. Isso decorre de dois motivos: não existir mais o "passe" do jogador e por não haver embasamento na atual legislação de pedido de outra equipe para liberação de um atleta. 

Além disso, quanto à rescisão indireta, o clube argumenta que o jogador foi avisado de que, no momento de crise, o clube iria priorizar os servidores que ganhavam menos e que, em nenhum momento, Fred discordou disto. E ainda afirmou: "Não existe prejuízo considerável para o Reclamante, pois apenas os últimos meses de salário não foram pagos em sua totalidade, o que não pode caracterizar a falta grave do empregador".

O Cruzeiro, na contestação, ainda questiona a defesa de Fred sobre ele só ter entrado com o pedido após o rebaixamento e não em abril de 2018, quando o clube passou a não cumprir todas as cláusulas do acordo.

Ainda entre os pedidos, o Cruzeiro quer a anulação da compensação da qual Fred pede na ação, dizendo ser de ser direito, no valor de R$ 50 milhões. O clube considera o pedido de rescisão indireta inválido e, por isso, o pagamento não teria razão. Assim, o clube pretende que o valor seja diminuído para um valor não seja superior a 1/3 (um terço) - R$9,6 milhões - do mínimo disposto no artigo 28 da Lei Pelé ou que seja reconhecido que não existe obrigação no pagamento.

Na contestação, o clube ainda pede que Wagner Pires de Sá e Itair Machado, os ex-presidente e vice, sejam incluídos como“polo passivo” e que tenham responsabilidade solidária na ação. O clube usa como argumento a Lei Pelé,  que prevê que “os administradores de entidades desportivas profissionais respondem solidária e ilimitadamente pelos atos ilícitos praticados, de gestão temerária ou contrários ao previsto no contrato social ou estatuto".

A próxima audiência do caso está marcada para o próximo dia 31 de julho, em que pode haver alguma decisão quanto ao caso. 

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