Logo após o treino da Espanha nesta segunda-feira (11), que ficou marcado por um susto envolvendo o zagueiro Gerard Piqué, o atacante Rodrigo Moreno concedeu entrevista coletiva no CT do Krasnodar.
Brasileiro de nascimento, e filho do ex-jogador Adalberto, Rodrigo fez excelente temporada pelo Valencia, com 19 gols marcados, e briga por uma posição no comando de ataque justamente com Diego Costa, outro hispano-brasileiro, e Iago Aspas. A disputa pelo posto de titular sob o comando do técnico Julen Lopetegui foi justamente um dos pontos mais abordados.
“Todos nós queremos jogar, o ruim seria se fosse o contrário. Mas todos estamos preparados para ajudar da forma que der. Quem for jogar precisa dar o máximo para a equipe. Somos um grupo unido, de 23 [jogadores], independente de quem jogue. A união de todos nos dará a força para conseguir algo importante”, disse o jogador de 27 anos.
“Somos atacantes de características diferentes. Iago (Aspas) é mais versátil, Diego Costa é mais de área e eu estou no meio desses dois. O treinador vai decidir baseado no que vê nos treinamentos e jogos anteriores. O adversário e sua forma de jogar podem influenciar em sua decisão”, explicou.
Rodrigo disputa vaga com outro hispano-brasileiro: Diego Costa (Foto: Getty Images)
Rodrigo também foi perguntado sobre a participação com outro jogador que tem raízes no futebol brasileiro. Thiago Alcântara, camisa 10 da Espanha, é seu amigo de infância, e juntos eles já conquistaram uma Eurocopa sub-21 antes de se reencontrarem para a disputa do maior torneio do futebol mundial.
“Consegui chegar a este nível com um amigo de infância, como o Thiago. É difícil imaginar que estaríamos aqui, podendo ter jogado no Sub-21 e tendo conquistado a Europa. É uma história bonita, e estou feliz por dividir esta experiência com ele. Nossas famílias estão orgulhosas por estarmos aqui. Tenho grandes lembranças da minha infância na Galícia”, afirmou.
O QUE ESPERAR DE PORTUGAL?
PIERRE-PHILIPPE MARCOU/AFP/Getty Images(Foto: Getty Images)
Rodrigo também revelou o que espera para o jogo de estreia, no próximo dia 15, contra Portugal. O atacante reconhece que provavelmente a Espanha terá mais posse de bola, mas teme ver a equipe lusa apostar apenas nos contra-ataques.
“É importante começar com o pé direito, mas temos exemplos como o de 2010, com o que aconteceu contra a Suíça [derrota no primeiro jogo da campanha vitoriosa na África do Sul]. Nós só pensamos em ganhar, é o objetivo máximo. Fazer um bom jogo e ganhar. E a partir daí, devemos seguir igual, com a máxima concentração”.
“Portugal é um time que se sente à vontade em ter o contra-ataque, com as falhas dos adversários. Eles têm jogadores muito rápidos. É difícil ter a posse de bola contra a Espanha, mas espero que não entrem muito fechados, jogando no contra-ataque. Eles têm qualidade para jogar futebol”, avaliou. “Eles são os atuais campeões europeus e estão entre os favoritos para fazerem algo grande”, finalizou.
