KepaGetty Images

Chelsea arrisca 'estratégia Southgate' com Kepa nos pênaltis - e tem final feliz na Supercopa

Nem sempre trocar suas peças antes de uma disputa de pênaltis decisiva dá errado. É o que provou o Chelsea na vitória sobre o Villarreal, pela Supercopa da Uefa, nesta quarta-feira (11).

Faltando um minuto para o término do segundo tempo da prorrogação, o treinador do clube inglês, Thomas Tuchel, decidiu por tirar seu goleiro titular, Édouard Mendy, para colocar Kepa Arrizabalaga, apostando em seu talento nas disputas de pênalti.

A mudança gerou comparações com o que o técnico da seleção da Inglaterra, Gareth Southgate, decidiu fazer na final da Euro 2020, colocando Jadon Sancho, Bukayo Saka e Marcus Rashford para cobrar os pênaltis decisivos, mesmo que os três jovens jogadores estivessem em tese frios na partida.

Mais artigos abaixo
Jadon Sancho Gareth Southgate England Euro 2020Getty

Na ocasião, todos os três desperdiçaram suas cobranças e o English Team terminou com o vice-campeonato. Mas Kepa contrariou a escrita da Euro e acabou por decidir a Supercopa.

Sob os aplausos de Mendy, o basco de 26 anos defendeu duas cobranças e o Chelsea se sagrou campeão. Chance de um novo começo para o contestado arqueiro reserva dos Blues - que vale lembrar, custou 80 milhões de euros.

Na entrevista pós-jogo, Tuchel justificou a mudança afirmando que dados adquiridos pelo setor de scout do clube mostravam que Kepa tem melhor aproveitamento do que Mendy em cobranças de pênalti. Mesmo com o "aval" dos números, uma escolha corajosa: se o basco não brilhasse na decisão, não seria preciso ser nenhum gênio para saber que a troca recairia negativamente sobre o treinador.

Como curiosidade, em 2019, Kepa esteve no outro lado da situação: na final da Copa da Liga Inglesa, seria substituído por Cabellero justamente para uma disputa de pênaltis, após o jogador sofrer um leve toque. Mas ele se recusou a sair, pegou apenas uma das cobranças e viu o Manchester City sair campeão do torneio.

Publicidade