Alisson Becker Roma

Alisson foi o brasileiro que melhor aproveitou a Champions League para vencer a desconfiança

Header Tauan Ambrosio

Nenhum outro jogador, dentre os titulares da Seleção Brasileira, aproveitou tanto a fase de grupos da Champions League para calar críticos do que Alisson.

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Desde que deixou o Internacional, o goleiro da Roma vinha sendo um dos jogadores mais contestados no onze inicial do Brasil. Afinal de contas, em sua primeira temporada na Europa passou a maioria do tempo esquentando banco. Isso começou a mudar com a ida de Wojciech Szczęsny, então titular romanista, para a Juventus.

Mas assim que assumiu a posição sob as traves da equipe da capital, o jogador de 25 anos provou de vez o seu ponto e ganhou força para se manter como dono da posição na Seleção. Talvez tenha sido o único romanista que teve motivos para vibrar após o sorteio da fase de grupos da Champions League, que colocou os italianos na chave considerada mais complicada. Exatamente por saber que teria muitas oportunidades de mostrar o seu trabalho.

Contra favoritos do quilate de Chelsea e Atlético de Madrid, Alisson ganharia chance de mostrar o seu valor. E foi exatamente o que aconteceu. Somente Andriy Pyatov, do Shakhtar Donetsk, fez mais defesas do que o gaúcho quando consideramos os goleiros que disputaram os seis compromissos por times que se classificaram para as oitavas de final [24 a 21, segundo números da Opta Sports].

Alisson Becker Roma Chelsea UEFA Champions League 10312017Getty ImagesAlisson foi decisivo para a classificação da Roma no 'Grupo da Morte' (Foto: Getty Images)

Nas defesas realizadas dentro da área existe empate entre Alisson e Pyatov [15 intervenções de cada], mas é importante ressaltar que o aproveitamento do brasileiro foi o maior dentre todos os guardiões que atuaram nas seis partidas da fase de grupos: defendeu 75% das finalizações desferidas dentro de sua caixa. No total, foi vencido seis vezes - Pyatov levou nove gols.

Ou seja: passou grande confiança à sua defesa – a terceira que mais viu adversários acertarem finalizações em seu gol [28, mesmo número do Sevilla], dentre os times classificados – e mostrou, até aqui, ser realmente um goleiro de elite.

A Roma avançou em primeiro e não é favorita ao título europeu como o Manchester City de Ederson, que talvez hoje seja a sua maior sombra na disputa dentro da Seleção Brasileira. Mas pelo desempenho decisivo, Alisson merece ter a sua titularidade muito mais aceita do que antes. Segunda-feira (11), a UEFA vai sortear os confrontos das oitavas de final. A equipe da capital italiana não sabe se vai enfrentar Basel, Bayern, Sevilla, Shakhtar, Porto ou Real Madrid... mas tem a certeza de que pode confiar no último bastião entre a bola e as redes.

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