Aos poucos, Paulinho conquista o seu espaço no Camp Nou. Contratado por 40 milhões de euros (R$ 151 milhões à época), o meio-campista recebeu muitas críticas na chegada à Catalunha, mas a situação é outra.
Com três gols e uma assistência em 14 jogos pela equipe, o meio-campista garante que não se incomodou com as palavras negativas vindas da imprensa.
"Não incomoda. De uns três ou quatro anos para cá, passei a não dar muita importância ao que as pessoas falam, aos questionamentos. O futebol sem questionamento não é futebol. Vai haver isso em qualquer clube, qualquer lugar do mundo. Claro que ouvi o questionamento dos valores, que é muito caro, que está vindo do futebol chinês, que isso ou aquilo, mas em nenhum momento isso me atrapalhou", disse ao Globo Esporte.
Próxima partida
"Vim focado em fazer o meu trabalho e ajudar o Barcelona, porque o clube confiou no meu trabalho e foi atrás de mim para me contratar. Eu tinha que fazer meu trabalho da melhor maneira possível, como venho fazendo, esquecer todas essas coisas. O futebol muda muito rápido. A única forma que eu poderia mostrar a algumas pessoas que questionaram é dentro de campo. Não mostrar a elas, e sim aos meus companheiros, que estão aqui no dia a dia comigo. Nós trabalhamos para conseguir bons resultados. Então, isso não me atrapalhou nem um pouco", acrescentou.
Paulinho ainda contou dois casos que foram fundamentais para a sua ida ao Camp Nou. O pedido de Leo Messi durante amistoso entre Brasil e Argentina na Austrália e os conselhos de Neymar, colega de Seleção.
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"Foi no amistoso (entre Brasil e Argentina) na Austrália. Teve uma falta, onde eu e Willian estávamos posicionados na bola. Eu estava perto da bola só por ficar, quem ia bater era o Willian. O Messi estava longe. Quando o Willian se posicionou para bater, eu fiquei um pouco atrás, e ele veio caminhando e falou: "Vamos para o Barcelona". Olhei para ele e falei: "Se você quiser me levar, eu vou". Pô, é o melhor do mundo e você recebe palavras como essas", declarou.
"A gente conversava bastante quando começou a negociação com o Barcelona. Ele sempre falou: "Pode vir, você vai gostar, vai ser feliz. Aqui é muito bom". Claro que ele também torcia para que desse tudo certo. Para mim seria muito importante atuar ao lado dele aqui no Barcelona, com todos esses grandes jogadores. A cada dois dias eu falava com ele a respeito de como estava indo a negociação. Sou um cara privilegiado de me dar muito bem com Neymar, com o Messi. Então, o Ney é um cara que me ajudou bastante na vinda para cá. Quando a negociação dele aconteceu, ele até me falou: "Eu saí, mas pode ir que você vai ser feliz, tenho certeza disso". Ele me ajudou muito durante um mês e meio de negociação", concluiu.