Renato Gaúcho: a 'malandragem' do comandante que segue colhendo frutos no Grêmio
Por Raisa Simplicio
Irreverente e despojado, Renato "Gaúcho" Portaluppi, foi o responsável pelo futebol mais vistoso de uma equipe brasileira durante a temporada 2017. Com seu estilo boleiro, soube como poucos administrar um vestiário e levou o Grêmio a alçar voos ainda mais altos na temporada. Ainda que o time gremista não tenha mantido a briga pela Série A até o final, encantou o Brasil com seu toque de bola e verticalidade.
Renato foi responsável por recuperar jogadores desacreditados que se tornaram fundamentais para o Tricolor Gaúcho, como Léo Moura, Bruno Cortez e Lucas Barrios, além de fazer com que novas peças, como o volante Michel, se adaptassem com facilidade ao sistema de jogo. Sem grandes craques ou um orçamento milionário, o treinador apostou também na qualidade da base.
VEJA TAMBÉM: 2017 fez Renato crescer ainda mais na mitologia gremista
"Eu não sou bom, sou muito bom. Não é pouca coisa não. Enxerga quem quer. É simples."
Para se ter uma ideia, o Grêmio de Renato Gaúcho terminou o Brasileirão com 55 gols marcados, se transformando em um dos ataques mais poderosos do país. Vale ressaltar ainda que, diferente dos seus rivais do G-4, o treinador optou por escalar times alternativos e reservas durante boa parte do campeonato, em função dos demais compromissos. Há quem acredite que, se tivesse colocado a equipe titular em algumas partidas, o Tricolor terminaria o ano com a taça.
A opção de Renato, porém, rendeu grandes frutos. Foi com esse sistema que o Grêmio chegou forte e levantou a Copa Libertadores da América, atuando sempre de forma imponente diante de seus adversários. O Prêmio Goal Brasil chega para premiar uma temporada fantástica de Renato, que além de mostrar muito conhecimento tático, soube administrar bem seu elenco, recuperar atletas e recolocar o Grêmio como o grande que é no cenário brasileiro e internacional.