Jair Ventura Santos Estudiantes 24042018 Copa Libertadores

Jair Ventura diz que não teve Gabigol e Bruno Henrique 100% no Santos: "fake news"

O técnico Jair Ventura não estava trabalhando em 2019, mas acabou virando meme na internet pelo grande desempenho de alguns ex-comandados. Ciente de uma imagem sua que rodou a internet lembrando que teve no seu elenco Bruno Henrique, Rodrygo e Gabigol, o treinador até esboçou um sorriso ao ouvir a pergunta da reportagem da Goal sobre o assunto.

"Virou um meme, mas na verdade é fake news [risos]. Eu não tive os três", recordou Jair. A lembrança principal dele é de Bruno Henrique, que terminou bem o ano de 2017, cotado para a seleção brasileira, e empolgava a nova comissão técnica nos treinos. No jogo de estreia do Paulista, porém, tomou uma bolada no olho e passou o primeiro semestre todo parado.

"Quando eu cheguei ele já tinha feito um grande ano. Na pré-temporada, a gente falava: ‘que jogador é esse?’. Rápido, forte, habilidoso. Mas o Bruno se machucou no primeiro jogo e ficou sete meses fora", observou Jair, que comandou Bruno, Rodrygo e Gabigol como titulares em apenas um jogo: Santos 1 x 1 Palmeiras, seu penúltimo comandando o Peixe. Ao todo, foram apenas nove jogos com Bruno Henrique à disposição.

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"O Bruno foi para a Alemanha, para os Estados Unidos. 'Não vai treinar porque não consegue enxergar', era o que o pessoal falava. Falaram que ele pensava em parar, em se aposentar. Fico muito feliz de ele ter jogado em alto nível neste ano, mas eu praticamente nem o tive. Fiquei muito próximo dele, sou um treinador que gosto muito de participar da vida pessoal dos atletas, principalmente em um momento delicado como esse. A gente se fala até hoje, quando ele veio para o Rio. Esse momento difícil acabou nos aproximando mais ainda", relembrou.

Jair Ventura Santos Estudiantes 24042018 Copa Libertadores
Foto: Getty Images

Rodrygo, "um menino fantástico que a gente, de maneira gradativa, foi levando para o time titular e vendeu por R$ 202 milhões", tem alguns feitos citados pelo ex-comandante.

Já Gabigol foi elogiado por ter contribuído no retorno da Europa mesmo sem a melhor forma física. “Lógico que se a gente tivesse os três, o Sanchez, o Derlis, seria legal", recordou, antes de continuar. "Ah, quando eu saí do Santos, a gente não estava na zona de rebaixamento. Tenho a consciência tranquila".

Jair, aliás, defende que o seu trabalho na Baixada Santista não foi ruim. Eliminado na semifinal do Paulista pelo Palmeiras, na disputa por pênaltis, ele recorda que deixou a equipe classificada na Copa Libertadores da América, na Copa do Brasil e justifica a campanha no Brasileiro, 15º colocado com 15 pontos conquistados, pelo foco nos mata-matas.

"Passamos na Libertadores em primeiro. Na Copa do Brasil, estava classificado nas quartas. Priorizamos os mata-matas. Pensando no ano anterior, com o Botafogo, vimos que dava para dar uma arrancada no segundo turno. Uma pena que o trabalho não deu seguimento. Acho que foi regular. Não teve nenhum vexame, não caímos de forma precoce no Paulista, não caímos em primeira fase de Libertadores. Mas um trabalho regular para um time do tamanho do Santos não serve, entendo isso também", encerrou.

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