Mark Geiger é um dos árbitros selecionados pela Fifa para dirigir partidas no Mundial da Rússia em 2018. O americano de 43 anos foi designado para apitar a partida das oitavas de final entre Colômbia e Inglaterra, nesta terça-feira (03), que acabou com a classificação da Inglaterra nos pênaltis.
A partida teve uma polêmica, quando Geiger sinalizou uma penalidade a favor da Inglaterra no segundo tempo pela falta de Carlos Sánchez em Harry Kane, algo que foi muito protestado pelos colombianos e o próprio Kane aproveitou para bater, marcando 1 a 0. Depois disso, a partida ficou muito mais tensa, e o árbitro não soube controlar muito bem a situação.
Esse, no entanto, não foi o único episódio controverso no qual Geiger se envolveu. Conheça mais de sua carreira!
Feitos e polêmicas
Nascido em Beachwood, o árbitro foi nomeado pela Fifa em 2008, e desde então tem trabalhado, fora as competições locais, na Copa Ouro, Mundial Sub-20 de 2001, os Jogos Olímpicos de Londres 2012, a Copa América Centenário de 2016, a Concacaf Champions League, o Mundial de Clubes da Fifa e três partidas da Copa do Mundo de 2014 (Colômbia x Grécia e Espanha x Grécia na fase de grupos, e França x Nigéria, nas oitavas de final).
De fato, o juiz norte-americano tem uma carreira recheada de polêmicas, e até de feitos insólitos, como quando se esqueceu dos cartões no vestiário na partida entre Brasil e Colômbia, em novembro de 2012, amistoso sediado em Nova Jersey. Neste jogo, Geiger também causou polêmica quando marcou um pênalti inexistente para o Brasil, o qual Neymar bateu por cima do travessão.
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Uma de suas atuações mais questionadas aconteceu em 22 de julho de de 2015, na partida das semifinais da Copa de Ouro da Concacaf 2015 entre México e Panamá. Ali, Geiger sancionou duas penalidades um tanto duvidosas, um deles aos 44 minutos do segundo tempo, quando o Panamá ganhava por 1 a 0 e permitiu que o México avançasse, na prorrogação, à final.
Também houve o caso da última Copa do Mundo de 2014, durante as oitavas de final entre França e Nigéria, quando Matuidi quebrou a tíbia e a fíbula em uma falta grave contra Onazi, mas o árbitro entendeu como uma repreensão apenas.
Neste ano, na Rússia, Mark Geiger foi acusado pelo jogador Amrabat, do Marrocos, por pedir a camisa de Cristiano Ronaldo após a partida entre as suas seleções na segunda rodada da fase de grupos. Além disso, na partida entre Portugal e Irã que acabou em empate por 1 a 1, o americano revisou um lance de falta cometida por CR7 no VAR, na qual seria justo que ele levasse um cartão vermelho por tentar acertar uma cotovelada.
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(Foto: Getty Images)
Após a partida, Carlos Queiróz não escondeu o seu descontentamento com Mark Geiger, e disse que é uma questão de atitude e caráter: “Cotovelada é vermelho, está nas regras. Não importa se é Ronaldo ou Messi, está nas regras!”.
Características
Analisando os números de Geiger, observa-se que ele é um árbitro mais propenso a dialogar do que mostrar cartões. De fato, ele já mostrou 951 amarelos em 267 jogos de todas as competições, o que dá uma média de 3,6 faltas com cartão por partida, um número bastante baixo para a média.
Por outro lado, ele mostrou 61 cartões vermelhos, 15 deles por amarelo duplo e 46 de forma direta. Além disso, já anotou 79 pênaltis.